10 novembro 23
Empresas

Ana Rodrigues

SmartCollab da Smartex reuniu ITV para pensar o futuro comum

Decorreu ontem, nas instalações da Smartex, a iniciativa SmartCollab, que reuniu diversos intervenientes do sector têxtil. “Queremos promover a comunicação uns com os outros, vê-los a trocar ideias, porque é assim que se cresce”, afirmou Gilberto Loureiro, CEO e cofundador da Smartex ao T Jornal. Um objetivo foi alcançado.

Impetus, RDD Textiles, Tintex Textiles, Pedrosa & Rodrigues, mas também muitas fábricas têxteis de tecelagem e tinturaria, como a Malhas do Carregal, Familitex, Avelana, Joaps estiveram presentes numa iniciativa – que habitualmente é interna – e que apenas reúne investidores, marcas de moda e confeções. As startups Colorifix e ColorDigital e a Inditex ou a Finisterre decidiram, igualmente, carimbar a sua participação, num evento que pretendia unir toda a cadeia do sector.

“Este evento chama-se SmartCollab e é um evento interno para a empresa. Nós trazemos pessoas de fora – investidores, marcas de moda – para falar para a equipa da Smartex. Aqui decidimos convidar todos os nossos clientes e depois de aceitarem, decidimos também convidar outro tipo de fábricas e não só os nossos clientes que são as tecelagens, para eles fazerem parte desta comunicação”, explicou o cofundador.

Conscientes que os seus clientes utilizam os seus sistemas de diversas formas e que uns já resolveram problemas que outros não, esta SmartCollab visou a troca de ideias para criar novas respostas e novas questões e tal aconteceu. Depois de trabalharem em grupos em diversos temas, todos os participantes reuniram-se num painel e fizeram uma súmula do que havia sido discutido.

‘How can the best factories gain visibility and be future-proof?’ foi o tópico respondido por Braz Costa, diretor geral do CITEVE, e por Ana Tavares, CEO da RDD; ‘How to choose and find the best technologies that will be successful?’ ficou a cargo do CEO da Tintex, Ricardo Silva, e do administrador do grupo Impetus, Tércio Pinto; e, por fim, ‘What are the challenges around compliance and certification?’ foi o desafio lançado e respondido por Gerd Willschütz, fundador da DMIx e por Amelie Hornblow, Chief Product Officer da Finisterre.

“A indústria têxtil tem muitos problemas para resolver e nós [Smartex] não vamos resolvê-los todos. Não há uma silver bullet para esta indústria, há muitas silver bullets e nós queremos também trazer essas silver bullets aqui, reuni-las e discuti-las”, salientou acrescentando que estava expectante para o evento que disse “estar a ser perfeito”.

“É necessário conversar para que a indústria vá para a frente. Especialmente na Europa e em Portugal, nós temos características muito particulares e acho que há muitas coisas que podemos fazer para nos diferenciarmos de outros mercados e é esse tipo de discussões que estão a acontecer. Já não competimos com preço, porque se formos para a Ásia e para a Turquia não é possível. Nós competimos com outras coisas e competimos juntos contra o mundo e não entre nós e é uma das coisas que podemos fazer para nos posicionarmos como indústria e como país e para o ‘make it happen’”, concluiu Gilberto Loureiro, prometendo que para o ano pretende repetir a experiência.

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