Ana Rodrigues
Tendo já habilitado o mercado do Reino Unido e de França com um serviço de venda, reparação e doação de roupas, essa possibilidade vai agora ser implementada em Espanha a partir do próximo dia 12 de dezembro, como já tinha sido anunciado pelo CEO da Inditex. Nesse mesmo dia, Portugal também entra na lista.
A Zara vai disponibilizar uma secção dedicada aos usados no seu site, através da qual os clientes que pretendam vender os seus produtos poderão fotografá-los e a Zara será responsável por fornecer informação detalhada sobre cada um na sua plataforma, bem como um serviço de reparação (também disponível na loja) e doação (onde os clientes podem solicitar a recolha de peças usadas em casa).
Depois de Espanha, a plataforma de segunda mão chegará também a Portugal, bem como à Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Portanto, a plataforma passará a estar disponível num total de 14 mercados europeus.
Zara Pre-Owned foi a primeira entrada da Inditex em serviços de segunda mão, embora a empresa conte – desde 2016 – com contentores para os consumidores depositarem as suas roupas para doar.
A introdução deste serviço no país enquadra-se na estratégia de sustentabilidade da empresa galega, na qual está imersa há vários meses. Os objetivos da empresa incluem atingir emissões líquidas zero até 2040 ou eliminar o uso de plásticos descartáveis até 2023.
A Inditex é um dos gigantes do sector que entrou no negócio da venda de roupa em segunda mão, seguindo os passos de outros operadores como a H&M. A gigante sueca da distribuição de moda vende roupas usadas através da sua aplicação Sellpy em vinte países, incluindo Espanha e Estados Unidos.
O crescente número de empresas de moda que recolhem roupas usadas é justificado pela crescente pressão legislativa sobre a reciclagem, especificamente, o regulamento de responsabilidade alargada do produtor (EPR). Este entrará em vigor em Espanha em 2025 e exigirá a recolha seletiva de têxteis e tornará os retalhistas responsáveis pelo financiamento da reciclagem.