Bebiana Rocha
Para o ano de 2025 a Sampedro mostra-se focada na finalização de um projeto de descarbonização submetido no âmbito do PRR, que tem como objetivo diminuir a pegada de carbono da empresa entre 60-65% até ao final de 2025. Para alcançar esta redução foi adquirida uma caldeira de biomassa e instalados recuperadores de calor no sector dos acabamentos e de água na tinturaria, que ascenderam a dois milhões de euros de investimento, revela Diogo Gomes, administrador, durante a Heimtextil.
“A têxtil é uma indústria de investimento constante e intensivo. Para 2025 temos ainda previsto um aumento da produção fotovoltaica e a construção de um armazém de logística e armazenamento de matérias-primas, além de continuarmos a renovar o nosso parque de máquinas”, projeta, avaliando o investimento seguinte em 4 milhões de euros.
A Sampedro está a ter uma boa experiência na feira, os primeiros dois dias foram movimentados com um número de visitas ao stand superior a anos anteriores. Diogo Gomes, administrador, admite que a concentração de compradores pode dever-se à sobreposição de datas com a Maison et Objet, que começa hoje em Paris e atrai uma faixa de público comum.
“A Sampedro distingue-se pela variedade que apresenta nos três segmentos – cama, banho e mesa”, contextualiza, acrescentando de seguida a sua oferta para hotelaria, que tem um peso na empresa de cerca de 15%. Para a Heimtextil a aposta passou em grande parte por expor artigos naturais em linho, algodão, cânhamo, e misturas como linho/tencel, linho/bamboo ou flanela/tencel.
“Tentamos estar na vanguarda”, assume Diogo Gomes ao T Jornal, deixando claro que a Sampedro trabalha para nichos de mercado e não para as grandes quantidades. “O nosso espírito passa pela produção para nichos de mercado, para séries mais curtas, mesmo significando mais trabalho para o nosso lado. Os clientes da Sampedro conseguem fazer uma coleção inteira a coordenar”, sublinha.
Esta política de flexibilização e atenção ao cliente permite à empresa marcar posição em já 37 mercados. Europa e Estados Unidos são os principais destinos das suas encomendas, mas espera que com o acordo UE-Mercosul possa abrir-se todo um novo mundo, manifestando especial interesse no Brasil. “Tentamos diversificar o risco ao máximo apostando em diferentes mercados, estamos expectantes com o acordo UE-Mercosul por abrir portas a um mercado muito grande para Portugal”, comenta o membro da administração.