Bebiana Rocha
A Salsa Jeans publicou esta semana a segunda edição do seu Relatório de Impacto Anual, onde mostra avanços significativos no caminho da sustentabilidade e do compromisso social. O documento, que sistematiza as principais conquistas da marca em 2024, comprova a redução de emissões.
Entre os principais indicadores divulgados, destaca-se a redução de 6% nas emissões de CO₂ de âmbito 1 e 2, uma diminuição de 4% no consumo de energia, 24% em plásticos, papel e cartão e 42% no consumo médio de água por peça produzida.
Atualmente, 41% da energia consumida na sede da empresa advém de fontes renováveis, sendo que 15% é gerada localmente por painéis solares. A Salsa consegue também reutilizar 6% da água das suas operações, estando preparada para atingir os 30%. No que respeita aos resíduos, 58% foram reciclados.
“Encaramos esta segunda edição do relatório de impacto como uma forma de medir as pequenas vitórias alcançadas e de perceber o caminho que ainda temos a percorrer”, lê-se na parte introdutória do relatório da marca portuguesa. O documento está estruturado em seis áreas estratégicas: água, efluentes, embalagens e resíduos, circularidade e biodiversidade, rastreabilidade da cadeia de abastecimento e pessoas.
Na área da água, merece menção a implementação de um sistema de separação de águas limpas e sujas nas máquinas de lavandaria e tinturaria, permitindo que as águas limpas sejam tratadas para reintegração no processo. “A produção de efluentes por quantidade produzida diminuiu 8% na unidade industrial da Salsa”, refere ainda a marca.
Esta redução do consumo médio de água por peça deve-se em grande parte ao sistema Better Wash, um processo de lavagem mais eficiente com recurso a ozono, laser e e-flow, que já está a ser partilhado com os fornecedores da empresa de jeans.
No âmbito da circularidade, o programa Infinity permitiu no ano passado reaproveitar mais de 2500 peças. Foram ainda recolhidas para doação ou reciclagem 703 peças, num esforço de prolongamento do ciclo de vida dos produtos.
Relativamente às matérias-primas, 58% dos materiais utilizados pela Salsa são de origem natural e 57% dos artigos produzidos no ano passado eram monomateriais, facilitando assim a sua reciclagem.
“Há muito espaço para melhorar e a urgência cresce”, conclui a marca portuguesa, que antecipa para 2025 um conjunto de novas medidas para reduzir a pegada de carbono, integrar materiais ainda mais sustentáveis e aplicar políticas ESG em toda a cadeia de valor.