Bebiana Rocha
No próximo dia 19 de abril, chega ao mercado uma nova marca de swimwear 100% portuguesa, criada por Vânia Reis, designer de moda, e com o know-how de mais de 50 anos da Silsa. O nome é simultaneamente uma homenagem à empresa de confeção, se o lermos ao contrário, e significa ‘sal’ em latim.
“A Salis nasceu da junção entre a minha vontade de criar algo com identidade própria e a parceria com uma empresa têxtil portuguesa onde trabalho atualmente na gestão comercial de marcas de gama alta”, contextualiza a fundadora ao T Jornal.
“Tenho vindo a sentir falta de peças que tenham uma boa modelagem, cobertura onde preciso, mas que transmitam leveza, confiança e sensualidade”, completa, sobre o motivo que levou à criação da marca.
A parceria tem sido desenvolvida desde setembro passado, com o apoio de vários recursos internos, tanto na produção como no know-how técnico. “A Vânia tem muita experiência a lidar com clientes no segmento alto. Tem uma visão para produto e mercado apurada. Quando sugeriu o nosso envolvimento neste sonho, achámos que fazia sentido. Contribuímos com o nosso know-how de produção e de negócio. O resultado é uma coleção diferenciadora, quer no tipo de produto, quer na sua execução”, diz ao T Jornal. A Salis é, assim, “a união entre a visão de uma pessoa que valorizamos e a competência da Silsa do ponto de vista de produção e gestão”, uma marca que “preza a qualidade e o conforto, sem abdicar da sofisticação”.
A coleção de estreia chama-se Unplugged e divide-se em três drops: o primeiro capítulo, No Rush, fica disponível no site oficial já no sábado e inclui peças em Lycra; o segundo drop, Minimal Mood, no final do mês, traz a linha Crinkle desenvolvida com o conceito One Size Fits All; e o terceiro, a 15 de maio, apresenta a segunda parte da coleção em Lycra e acessórios como lenços e quimonos.
“A nossa linha Lycra destaca-se pela modelagem, pensada especialmente para mulheres acima dos 30 anos. Sabemos que muitas não se identificam com biquínis super reduzidos, nem com modelos excessivamente cobertos – por isso, encontrámos o equilíbrio ideal”, continua a explicar Vânia Reis.
Os biquínis da Salis distinguem-se dos da concorrência pela atenção ao detalhe e aos acabamentos. “Evitamos amarrações excessivas, temos cuidado para que o biquíni não marque a pele, fizemos testes para garantir a solidez das cores, escolhemos materiais de qualidade superior para garantir que o biquíni recupera a forma depois do uso…”, exemplifica.
A linha Crinkle torna também a marca única: “este tipo de produto ainda não existia no mercado português. Há marcas estrangeiras com propostas semelhantes, mas nenhuma marca portuguesa oferece um Crinkle com esta qualidade, estética e produção ética. Estamos a trazer algo verdadeiramente novo para Portugal. São peças extremamente confortáveis, feitas com uma matéria texturizada e elástica que se adapta a diferentes corpos, desde o S ao XL”, clarifica.
Os modelos foram pensados para serem usados fora da praia, por exemplo, fatos de banho que funcionam como bodies, ou partes de cima de biquíni que passam facilmente por tops. “Não desenhamos só biquínis – desenhamos peças que acompanham o ritmo, o estilo e a vida real das mulheres cuja beleza é de dentro para fora”, conclui.
Durante a entrevista, Vânia Reis sublinhou que a Silsa trabalha sob a certificação social SA8000, que garante o respeito pelos direitos humanos e práticas socialmente responsáveis, e a norma ISO 9001, que estabelece requisitos para um sistema de gestão da qualidade.
Apesar de a Salis ter nascido como uma marca de swimwear, já está a pensar em formas de acompanhar as clientes no inverno e anuncia, em primeira mão, intenções de apresentar uma pequena linha de loungewear. Enquadra-se que os acessórios a serem lançados em maio utilizam já tecidos com uma elevada percentagem de fibras recicladas. A marca será comercializada predominantemente online, podendo fazer aparições em mercados e feiras durante o verão.