Ana Rodrigues
Com efeitos já no dia 1 de dezembro, a administração da Riopele aprovou uma nova alteração salarial, nomeadamente com aplicação no subsídio de Natal, para passar o salário mensal base dos colaboradores dos atuais 780 para 840 euros. O objetivo é “contribuir para a melhoria da situação social de grande parte dos trabalhadores”.
Tendo já aumentado o subsídio de alimentação em 70%, para seis euros, no passado mês de julho, a empresa sediada em Vila Nova de Famalicão antecipa a subida do salário mínimo nacional (para 820 euros) e ultrapassa tornando o salário mensal base no valor de 840 euros.
“Não obstante o momento conjunturalmente adverso, com a maioria dos principais mercados externos em situação anémica, importa investir continuamente no desenvolvimento dos recursos humanos, por forma a ter mais e melhores competências individuais e melhores equipas”, explicou José Alexandre Oliveira, em nota de imprensa.
É nessa mesma nota que é assegurado que a Riopele tem em curso um ambicioso programa de formação em áreas como gestão, inovação produtiva, sistemas de informação, desenvolvimento comportamental e organizacional, línguas e sustentabilidade, tendo quase duplicado o número de horas de formação ministradas para mais de 50 mil.
“A empresa tem conseguido atrair uma nova geração de talento. Atualmente, a idade média por trabalhador é de 41 anos, uma das mais baixas de toda a fileira da moda em Portugal. Assinala-se que 22% dos trabalhadores tem menos de 30 anos. De igual modo, o número de licenciados ascende atualmente a mais de 12% do total de colaboradores”, referiu.
Em paralelo, a gigante têxtil portuguesa assinala os investimentos que está a fazer em “áreas críticas” como a eficiência energética, os sistemas de informação, a I&D ou na área da descarbonização. Recordemos a instalação, em setembro, de uma nova central fotovoltaica de 4,5MWp no complexo industrial de Famalicão com o objetivo de aumentar a utilização de energia limpa nos processos de produção e reduzir a dependência da rede energética.