Bebiana Rocha
A Riopele, juntamente com o CITEVE e outras entidades tecnológicas e industriais, está envolvida em novos projetos de desenvolvimento de fardamento militar, alinhados com uma nova geração de exigências técnicas. A notícia foi avançada esta semana pelo jornal Dinheiro Vivo, que destaca como objetivo a investigação e o desenvolvimento de estruturas têxteis avançadas para novos materiais.
Sem entrar em detalhes, Albertina Reis recorda que a empresa tem uma longa tradição no desenvolvimento de tecidos técnicos para este setor — já forneceu tecidos às Forças Armadas Belgas, aos países da CPLP, à Polícia Militar Italiana e às Forças Armadas Portuguesas.
No caso português, integrada num consórcio que juntou a Damel e o CITEVE, a Riopele foi responsável pelo desenho das estruturas dos tecidos, definição de cores e padrões, de acordo com exigentes requisitos de resistência ao calor e à chama, impermeabilidade, capacidade de camuflagem multiterreno e desempenho near infrared.
José Teixeira e Francisca Oliveira, gestores da empresa, sublinham que, com a Riopele, Portugal garante o fornecimento de tecidos para as suas forças de defesa.
Atualmente, a expressão deste segmento na empresa é residual, não se esperando que, a médio prazo, ultrapasse os 5% do volume de negócios total. Ainda assim, trata-se de uma área estratégica, sobretudo tendo em conta o compromisso assumido pela União Europeia de aumentar o investimento direto em defesa até 3,5% do PIB nos próximos 10 anos.