Bebiana Rocha
O projeto transfronteiriço RESOTEX foi apresentado esta semana a quase uma centena de pessoas por Paloma Castro, da Diputación Provincial de Cáceres, líder do projeto, durante o webinar “A Economia Circular na Indústria Têxtil”, organizado pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.
Durante a sessão, Paloma Castro detalhou os objetivos do projeto, as atividades de cada entidade envolvida, as ações previstas para o sucesso do RESOTEX e os resultados que se pretendem alcançar, colocando o foco no desenvolvimento económico sustentável e na antecipação de mudanças urgentes no setor têxtil.
Entre as principais metas do projeto estão o diagnóstico do setor têxtil transfronteiriço (que inclui o mapeamento de empresas, análise das necessidades competitivas das marcas, avaliação de métricas e desempenho da cadeia de fornecimento, identificação de deficiências, definição de soluções de melhoria produtiva e otimização de processos), a promoção do empreendedorismo, da inovação, da competitividade e da sustentabilidade através de formação personalizada, de um plano de sensibilização sobre economia circular e homologação da cadeia de abastecimento. A promoção de empresas de gestão de resíduos têxteis e a visibilidade das ações foram outros tópicos abordados na sessão.
Durante a apresentação, Paloma Castro falou ainda sobre o plano de investigação de materiais sustentáveis, as formações em ecodesign, bem como visitas técnicas e exposições itinerantes previstas. O projeto envolverá também hubs têxteis transfronteiriços, espaços de produção partilhados, com dois centros piloto em Portugal, no Fundão e na Covilhã. Além disso, conta com um gabinete de aconselhamento transfronteiriço, residências de intercâmbio profissional e conferências especializadas programadas para reforçando a cooperação e a inovação na região.
Em termos de comunicação, o RESOTEX prevê a realização de feiras e outros eventos, tendo a responsável mostrado imagens do último encontro do consórcio como exemplo. O projeto pretende apoiar 260 empresas através de formação e aconselhamento, estimando-se que 60 PMEs invistam na aplicação dos conhecimentos adquiridos, contribuindo para uma maior competitividade e sustentabilidade no setor têxtil transfronteiriço.