14 julho 25
Arte Têxtil

Bebiana Rocha
Imagem: Wool 2025

Resíduos que unem: tapete coletivo transforma desperdício têxtil

O que antes era desperdício, tornou-se arte e memória coletiva. A empresa J Gomes cedeu resíduos têxteis que ganharam nova vida num tapete gigante criado no âmbito do festival de arte urbana contemporânea WOOL 2025, na Covilhã. A transformação ficou a cargo de um grupo de artesãs da associação A Avó Veio Trabalhar, que entrelaçaram criatividade, tradição e sustentabilidade.

Feito com tecidos das mais variadas cores, texturas e dimensões, o tapete foi construído a partir de mais de 500 kits de produção, que resultaram em cerca de 520 módulos de 30×30 cm — número que ainda cresceu no dia da apresentação oficial, graças ao entusiasmo dos participantes.

“Podemos dizer que estiveram centenas de pessoas envolvidas. Muitos tapetes foram feitos em família”, descreve Lara Seixo Rodrigues, diretora artística do festival, em declarações ao T Jornal.

Para Catarina Gomes, da J Gomes, a participação teve um significado especial: “O lado bonito destas iniciativas é ver que do lixo se pode fazer arte”, afirma, visivelmente satisfeita com o resultado final, já visível na imagem que acompanha esta notícia.

A iniciativa, que decorreu entre abril e julho, contou ainda com o contributo de outras empresas do setor têxtil, como a Twintex. A obra será instalada na via pública durante a Feira de Artesanato FIADA, evento que regressa à Covilhã em breve.

“É importante que as pessoas vivam a peça: vão poder descalçar-se e senti-la”, acrescenta Lara Seixo Rodrigues, deixando um agradecimento a todos os parceiros que ajudaram a tornar o projeto possível.

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