Bebiana Rocha
O comércio a retalho na Zona Euro mostra sinais de dinamismo no mês antecedente ao choque das tarifas dos EUA, tendo registado em fevereiro o maior aumento desde outubro de 2024. Segundo dados divulgados ontem pelo Eurostat, as vendas no setor cresceram 2,3% em termos homólogos, acelerando face aos 1,8% verificados em janeiro.
Desde julho de 2024 que o comércio a retalho tem vindo a registar subidas mensais sucessivas, impulsionadas sobretudo pelas vendas de produtos não alimentares, onde se inclui a moda, que liderou os ganhos de fevereiro com um aumento homólogo de 2,5%.
Quando analisados todos os Estados-Membros da União Europeia, as vendas a retalho aumentaram, em média, 2% em relação a fevereiro de 2024, refletindo uma tendência semelhante à da Zona Euro. Portugal destacou-se entre os países com melhor desempenho, com um crescimento de 5% nas vendas a retalho — um resultado que o coloca no top quatro dos países com maiores subidas, ao lado do Luxemburgo, Chipre e Estónia.
É de contextualizar que este crescimento ocorre num cenário de incerteza global e antecede a aplicação das tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos. O comércio internacional poderá vir a ser impactado nos próximos meses.