29 abril 25
Empresas

Bebiana Rocha

Quando a revolução se ouve nas vozes dos trabalhadores

Na Polopiqué, o 25 de abril foi celebrado com um vídeo intitulado Memórias de Abril, que reuniu testemunhos únicos dos seus trabalhadores – histórias ouvidas ao longo da vida, passadas de geração em geração.

Dany Gomes, designer têxtil e de desenvolvimento, partilhou o relatado do seu pai, que nesse dia se encontrava no hospital militar a aguardar por uma baixa que o invalidasse de ir para a guerra colonial. Graças à revolução ficou liberto desse destino.

Beatriz Melo tinha apenas 12 anos na altura, mas a memória do dia ficou gravada com alguma nitidez. Lembra-se de não passar a novela habitual na rádio e antes a canção E Depois do Adeus de Paulo de Carvalho. No dia seguinte não houve escola e pediu às vizinhas cravos vermelhos para também assinalar a revolução.

Igualmente com 12 anos em 1974, Eduardo Gomes recorda a efervescência dos dias que se seguiram. Uma imagem aparece especialmente viva: grupos populares com espingarda numa ponte romana na zona de Santa Luzia em Guimarães, determinados a apanhar os agentes da PIDE.

O vídeo é um verdadeiro ato de memória coletiva, é também uma lembrança de que a liberdade se constrói com partilha intergeracional. Pode ser visto na integra aqui.

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