24 janeiro 25
Economia

Bebiana Rocha

Produtividade por hora trabalhada aumentou

O Fórum da Competitividade publicou estes dias as perspetivas empresariais relativas ao quarto trimestre de 2024. Entre a informação partilhada destacamos o aumento da produtividade por hora trabalhada que saltou de 1,1% para 1,9%, e um crescimento nas exportações de bens de 6,4% no trimestre terminado em novembro.

O documento traz ainda boas notícias no que toca ao abrandamento da inflação nacional, que deverá rondar os 1,9% e 2,1% a nível nacional em 2025 e estabilizar nos 1,8% e 2,1% em 2026. São também esperados mais quatro cortes de taxas pelo Banco Central Europeu, com reflexo na diminuição das taxas Euribor.

“As perspetivas para a economia mundial têm-se mantido relativamente favoráveis ao longo dos últimos meses, embora com uma recomposição do crescimento, com revisões em alta para os Estados Unidos da América e em baixa para a Zona Euro”, lê-se na publicação, sendo avançado de seguida uma estimativa de melhoria do crescimento, entre 1,7% e 2,1% em 2025, que comparam com 1,5% e 1,6% de 2024.

As notícias menos boas são: o abrandamento no investimento, que passou de 1,7% para 0,9%, e a subida da taxa de poupança das famílias de 10,1% para 10,7% no terceiro trimestre, o valor mais elevado desde o segundo trimestre de 2010.

Por fim, o Fórum da Competitividade chama à atenção para o relatório Draghi Plus, divulgado em dezembro passado. Nele é recomendado diminuir o diferencial de inovação entre os Estados Unidos e a China e estimular a procura interna.

No seu discurso Mario Draghi cita um estudo do FMI, “que estima que as barreiras ao mercado europeu são equivalentes a uma tarifa de 45% sobre o sector industrial e uma de 110% nos serviços. Se estas barreiras fossem reduzidas para o nível prevalecente nos EUA, a produtividade comunitária poderia aumentar 7% em sete anos”, o que permitiria o aumento dos salários, resume.  Aborda também a falta de um mercado de capitais europeu integrado e a excessiva dependência do sector bancário, que não é adequada aos setores do futuro.

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