Bebiana Rocha
De acordo com o mais recente relatório anual da Textile Exchanges, a produção global de fibras atingiu em 2023 o seu máximo histórico de 124 milhões de toneladas de fibra, que comparam com 116MT em 2022 (mais 7%). Os números do ‘Materials Market Report’ dão conta também do domínio dos sintéticos virgens e um crescimento na lã e caxemira certificadas.
“O mercado das fibras sintéticas virgens continuou a crescem em 2023, ao contrário do algodão e fibras recicladas que decresceu”, resume a Textile Exchange no site, retirando como conclusão a necessidade urgente de se criarem soluções mais inovadoras para além do poliéster reciclado a partir de garrafas PET.
Em termos de números: os sintéticos representam atualmente 57% do total de fibras produzidas e registou um aumento de 67MT em 2022 para 75MT em 2023. Enquanto os sintéticos reciclados registaram uma descida, no caso específico do poliéster reciclado de 13,6% para 12,5%. A poliamida é a segunda fibra mais usada.
A notícia positiva, como salientado acima, é que há uma maior procura por fibras provenientes de programas que respeitam o bem-estar animal, como é o exemplo do Responsible Mohair Standard ou do Responsible Alpaca Standard.
Voltando aos números, a lã certificada cresceu de 4,2% em 2022 para 4,8% em 2023, a caxemira certificada também aumentou e as fibras de celulose manmade passaram de 7,4 milhões de toneladas em 2022 para 7.9 milhões em 2023, assegurando um total de 6% na produção global de fibras.