09 outubro 25
Feiras

Bebiana Rocha

Portugal na JITAC: presença nacional em Tóquio

JOF estreia-se na JITAC

A feira JITAC, em Tóquio, encerrou hoje com a participação de cinco empresas portuguesas no âmbito do projeto Sustainable Textile & Apparel From Portugal, promovido pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Albano Morgado, Brito Knitting, JOF, LEMAR e Troficolor Denim Makers integraram o grupo de expositores nacionais que apresentaram as suas propostas ao mercado japonês.

Entre elas, a JOF marcou presença pela primeira vez nesta feira. Rui Pedro Freitas explica que a participação foi “um primeiro contacto com o mercado”, salientando que o principal desafio nesta fase é a comunicação. O responsável acredita, no entanto, que esta entrada pode ser o início de uma relação a desenvolver nos próximos anos. “Gostaríamos de ver, nos próximos cinco anos, um crescimento relacional com este mercado”, refere.

Para esta estreia, a empresa optou por apresentar “um pouco de cada”, permitindo aos visitantes uma visão global das suas capacidades técnicas e produtivas, sempre com atenção à sustentabilidade. “A nossa coleção é composta desde sempre por opções altamente sustentáveis, quer do ponto de vista dos materiais virgens quer da economia circular”, sublinha.

jof jitac

LEMAR reforça experiência

A LEMAR voltou a estar presente, mantendo uma ligação de cerca de uma década com o mercado japonês. José António Ferreira, do departamento comercial, descreve-o como “um mercado específico e exigente”, mas que “tem dado boas respostas”, o que motiva a empresa a continuar a investir. “Temos sempre o cuidado de ajustar o que apresentamos àquilo que o mercado procura. Sabemos, por exemplo, que muito pouca gente faz praia, e, mesmo sendo esse o nosso core, adaptamo-nos e direcionamos os tecidos para outros nichos.”

Entre as tendências identificadas, destaca as misturas de poliéster com algodão orgânico, bem como a aposta nas riscas — “o mercado japonês é o que mais consome este padrão, sobretudo em fios reciclados” — e nas cores sólidas, que variam consoante a estação.

“O Japão é um mercado que privilegia a qualidade e a diferenciação”, resume José António, destacando ainda a importância do agente local para a mediação de contactos e para ultrapassar as barreiras linguísticas e culturais. “Num país onde ainda poucos falam inglês, essa ponte é essencial para o bom desenvolvimento dos negócios.”

Lemar Jitac

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