Bebiana Rocha
O projeto de internacionalização do Portugal Fashion vai levar, durante os meses de setembro e outubro, vários designers portugueses às principais capitais da moda: Londres, Milão e Paris.
A promoção da moda de autor nacional arranca a 21 de setembro, em Londres, com a dupla Marques’Almeida. Segue-se, no dia 27 de setembro, a estreia das marcas Pé de Chumbo e Davii em Milão. Já em Paris, será inaugurado um showroom próprio, onde talentos emergentes como Arieiv for Lo Siento, Maria Carlos Baptista e Veehana terão a oportunidade de se apresentarem ao público, ao lado de nomes já consolidados como Susana Bettencourt, David Catalán, Gonçalo Peixoto, Duarte Hajime, Nopin, Pé de Chumbo e Davii, promovendo o contacto direto com buyers, jornalistas e outros profissionais do setor.
De regresso a Londres, a coleção SS26 da Marques’Almeida revela uma evolução confiante do universo da marca, agora mais suave, etéreo e delicado. Segundo comunicado da ANJE, a proposta incorpora tecidos translúcidos, camadas assimétricas e drapeadas, bem como apontamentos florais em voil transparente e algodões leves, que surgem como aguarelas sobre bases mais escuras. A paleta cromática percorre tons de burgundy, preto, verde-azeitona, amarelo pó de arroz, rosa e azul-celeste. A identidade da marca mantém-se presente nos denims, que ora assumem silhuetas elegantes, ora surgem em formas largas com detalhes multi-bolso.
Para Milão, a Pé de Chumbo apresenta a sua estética singular, que cruza contemporaneidade e uma abordagem marcada pela transição produtiva, enquanto a Davii aposta numa visão cosmopolita, com forte ligação ao trabalho de atelier.
“Ao colocar a moda portuguesa em diálogo com Londres, Milão e Paris, o Portugal Fashion projeta não apenas os designers e as marcas, mas também o ecossistema de know-how, inovação e qualidade que define o selo Criado em Portugal”, sublinha a organização.
O projeto revela ainda uma nova vertente documental — Behind the Scenes —, dedicada a mostrar a visão dos designers e o trabalho de fábricas, ateliers e artesãos, habitualmente invisível nos momentos de desfile.
Neste ciclo internacional, estão representadas 13 marcas de autor, que empregam diretamente 65 pessoas. A produção envolve ainda 94 empresas da indústria nacional de confeção, acabamentos e fornecimento de materiais, assim como o trabalho especializado de 26 artesãos portugueses.