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Os recentes acontecimentos na fronteira entre Espanha e Marrocos – de que podem resultar consequências negativas para as empresas envolvidas com a economia do país magrebino – não estão a afetar a produção que a Pedrosa & Rodrigues mantém no norte de África. “Vem de Marrocos entre 10% a 15% do total da nossa produção e para já não temos notícia de qualquer problema”, disse ao T Jornal o CEO da empresa, Miguel Pedrosa Rodrigues.
Admitindo que o diferendo entre Espanha e Marrocos pode resultar num problema mais geral entre o reino africano e o conjunto da União Europeia, o CEO da Pedrosa & Rodrigues acrescenta que “tudo o que eu não preciso é de problemas alfandegários com Marrocos, já basta o que fez o Brexit”.
A operar em velocidade cruzeiro, Miguel Pedrosa Rodrigues disse, por outro lado, que “o ano de 2021 está a correr em linha com o do ano passado, durante o qual conseguimos controlar os efeitos da pandemia”, o que significa que, apesar de tudo, “estamos a regressar a alguma normalidade e isso é uma excelente notícia”.
Para isso, sublinhou, é fundamental o facto de, no interior da empresa, haver um cuidado máximo com a execução rigorosa do plano de contingência – que permite não só a normalização da produção, como gerar um ambiente seguro para todos os colaboradores. Miguel Pedrosa Rodrigues disse ainda que este esboço de normalização “pode sentir-se em toda a cadeia de fornecimentos”, que, melhor ou pior, está a esforçar-se por regressar ao ritmo pré-pandémico.
Mas esse regresso ainda não é total: “as malhas continuam a vender-se bem, mas acontece o contrário com os tecidos, uma vez que as pessoas continuam a sair pouco de casa”, concluiu.