17 outubro 2016
ATP

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O pensamento de Paulo Melo contado à Notícias Magazine

“Uma empresa têxtil é uma aula diária de economia e gestão” é o titulo da entrevista ao presidente da ATP, que faz a capa da edição de ontem da Noticias Magazine, a revista distribuída aos domingos pelo Jornal de Notícias e Diário de Notícias. Sem gravata (“o meu negócio não é de gabinete”, explica) e vestido com uma camisa da Somelos e um blazer da Dielmar, Paulo Melo explica o que pensa sobre a têxtil, o país e o mundo. Um resumo em dez frases deste trabalho de 11 páginas.    

CONTRATO COLETIVO

“Temos de negociar um novo Contrato Coletivo de Trabalho, com uma visão de futuro e não do passado”

EXPORTAÇÕES

“Exportações são o ADN de cada uma das empresas, quanto mais não seja por uma questão de sobrevivência: sem exportações, 90% delas não existiriam”

ITÁLIA

“Ao nível da produção, de qualidade, somos tão bons quanto a Itália. Não somos é tão criativos nem tão comerciais”

MADE IN PORTUGAL

“A etiqueta made in Portugal vale muito. Muito mais do que aquilo que podemos pensar. É sinónimo de qualidade, de know how, de serviço. Batemo-nos com os melhores a nível mundial

MÃO DE OBRA

“O problema não é a mão de obra direta, mas a gestão intermédia. O problema é o encarregado. Os nossos trabalhadores são excelentes em qualquer país onde exista uma boa chefia intermédia”

MODA E LUXO

“A moda tornou-se o epicentro do negócio têxtil. Tudo gira à volta do que se vai usar, da tendência: matérias primas, cores, composição do produto, design do produto, numa moda mais democrática acessível a todos os estratos sociais. O luxo é diferente. Pauta-se pela qualidade e exclusividade, sobriedade, produtos fetos artesanalmente”

PME

“Queremos mudar o conceito de PME. O que foi definido há uns anos não se adequa ao momento atual. Basta dizer que as empresas de confecções e todas as PME que estão num perímetro de consolidação de uma holding não têm acesso a fundos comunitários”

PROXIMIDADE

“Estando em Famalicão, o cliente pode comprar, num raio de 20 km, sapatos, meias, roupa interior, calças, casacos, camisolas, malhas, roupa de desporto, têxteis lar, etc. A oferta é muita e completas.Todos os subsetores do têxtil trabalham muito bem”

SOMELOS

“Entrei na Somelos por baixo. Ganhava 30 contos (150 euros) por mês e estagiei em todos os departamentos – por isso, conheço hoje todos os trabalhadores. O meu pai e o meu tio sempre me viram como mais um empregado. Se calhar até me tratavam pior. Sobretudo fizeram questão de mostrar-me como custa a vida. Habituei-me a ir para a faculdade de camioneta, tive o meu primeiro carro só depois de me formar”

TÊXTEIS TÉCNICOS

“Nos últimos anos, os produtos técnicos têm tido uma procura crescente e vamos continuar a ver esse segmento crescer. Temos dado passos muito importantes nesta vertente. A ligação entre empresas, universidades e centros tecnológicos tem sido, e continuará a ser, fundamental. É um negócio dinâmico, com um potencial enorme”

Pode ler a entrevista na íntegra aqui.

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