07 setembro 21
Indústria

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“O futuro dos têxteis passa por Portugal”

O futuro do sector têxtil mundial passa pela inovação, pela industrialização responsável, mas também pela comunicação dos seus valores enquanto caraterísticas diferenciadoras no âmbito da concorrência internacional. É nesse contexto que o caso português assume particular relevância, sem esquecer o enquadramento europeu, explicou o presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal , Mário Jorge Machado, em intervenção na abertura da Conferência anual da AUTEX (Association of Universities for Textiles). “O futuro dos têxteis passa por Portugal”, resumiu.

Decorrendo este ano na Universidade do Minho, a conferência é organizada pelo Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil e está centrada nos mais recentes avanços científicos e técnicos no domínio dos têxteis e do vestuário. “É um acontecimento dedicado particularmente à comunidade científica mundial”, explicou Mário Jorge Machado ao T Jornal – sendo por isso de extrema relevância que “os têxteis portugueses deem a conhecer a sua dimensão económica e a sua importância estratégica” para induzirem capacidade de captação de ‘know-how’ internacional junto da comunidade científica.

Na sua intervenção, o presidente da ATP caraterizou o ‘estado da arte’ dos têxteis nacionais, mas quis fazer a ponte para o todo europeu. Num quadro em que a pandemia induziu a premente necessidade da redução das cadeias de fornecimento e o pós-pandemia colocou em evidência as dificuldades das quebras de abastecimento, é importante, disse, que a Europa tenha nos têxteis uma das suas prioridades industriais.

A academia não pode estar divorciada da indústria, e o fórum existe precisamente para aproximar os dois lados – base ideal para o desenvolvimento de inovação que permita o aumento da proposta de valor do sector. Esta aproximação é também uma das prioridades da Euratex – federação europeia de associações têxteis de que Mário Jorge Machado é um dos membros do conselho de administração – que tem intervindo na defesa do sector têxtil como elemento essencial da indústria dos 27.

A conferência encerra amanhã, quarta-feira – depois de, durante três dias, ter dedicado uma exaustiva atenção aos mais diversos aspetos do sector, desde a tecnologia ao design.

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