Bebiana Rocha
A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, em conjunto com a ANIVEC e APPICAPS, reuniu com o Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, para dar conta do potencial do sector têxtil e vestuário e também do calçado para fornecer a defesa nacional e europeia, ao mesmo tempo que apelou à necessidade de revisão dos critérios de adjudicação dos contratados e contratação pública.
“Defendemos que deve ser criado um cluster de defesa nacional”, diz Mário Jorge Machado, presidente da ATP, acrescentando que “nesse cluster o têxtil tem muito para oferecer às forças armadas portuguesas e a outros países da NATO”.
O representante associativo vincou ao T Jornal a necessidade de revisão do critério preço que está, neste momento, na base da contratação pública. “Defendemos que a contratação de materiais e produtos estratégicos para a defesa deve ser feita dentro da União Europeia ou com países amigos da NATO, sob pena de estarmos a entregar a nossa defesa a um bloco que pode entrar em guerra connosco”, posicionou-se.
Assumindo a qualidade de presidente da EURATEX, Mário Jorge Machado, sublinhou que esta é uma decisão que vem de cima. “A Comissão Europeia tem de alterar as regras da contratação pública de forma a incluir esta cláusula. Deve também ser garantida a continuidade desta indústria e não num sistema de encomendas esporádicas”, conclui.