Bebiana Rocha
Imagem: AON
A AON Portugal desenvolveu uma nova facility de cibersegurança em parceria com a RiskPoint, destinada a empresas com faturação inferior a 50 milhões de euros. Esta solução de seguro de riscos cibernéticos surgiu na sequência de uma lacuna de mercado identificada e de um desafio lançado pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, com o objetivo de proporcionar às pequenas e médias empresas associadas uma proteção eficaz contra riscos digitais.
Entre os riscos cobertos estão ciberataques, violações de dados, falhas em sistemas de IT, entre outros incidentes relacionados com tecnologia e informação digital.
“O objetivo foi acelerar a contratação dos seguros de cibersegurança para empresas mais pequenas. As facilities disponíveis limitavam em termos de faturação. Agora, conseguem ter acesso a um seguro de forma rápida, através do preenchimento de um formulário simples, onde indicam o volume de faturação e o limite que querem pagar. São cinco perguntas que, numa semana, permitem receber resposta”, explicou Ricardo Negrão, em declarações ao T Jornal.
A AON sublinha que esta é uma proposta competitiva, tanto ao nível da qualidade da cobertura, como do custo-benefício e da facilidade de subscrição, com prémios a partir de 1 550€.
“Antes, este processo podia demorar meses. Eram feitas avaliações de risco extensas, que obrigavam as empresas a implementarem ações de mitigação antes de conseguirem contratar o seguro. No nosso caso, definimos controlos mínimos e trabalhamos em conjunto, disponibilizando ferramentas avançadas para que os clientes fortaleçam a sua postura de cibersegurança de forma contínua e proativa”, acrescenta.
Entre os serviços gratuitos incluídos estão as plataformas Truesec e Pistachio.
A cobertura do seguro é semelhante à dos restantes produtos do portefólio, incluindo apoio jurídico, análise de incidentes, compensação por perdas de exploração em caso de inatividade e indemnizações por danos causados a terceiros.
Com a crescente automatização do setor têxtil e vestuário, a cibersegurança assume uma relevância crescente. Ricardo Negrão alerta: “Quanto mais automatizada for a empresa, maior é o risco”, recordando que mesmo empresas com forte componente manual mantêm sistemas financeiros vulneráveis a ataques.
Por fim, destaca a questão dos sensores instalados em equipamentos têxteis, que estão sujeitos a regras regulatórias específicas: “Os sensores têm dados pessoais, o que obriga a regras novas. O seguro ajuda também nessa temática”, conclui.