01 agosto 24
Empresas

Bebiana Rocha

“Nos próximos 5 anos vamos precisar de 2000 engenheiros”

As empresas precisam de quadros qualificados entre eles engenheiros têxteis. Segundo Mário Jorge Machado, presidente da ATP, em entrevista à TVI, “ao longo dos próximos cinco anos vamos precisar de mais de dois mil engenheiros” no sector.

Hélder Rosendo, business director da TMG Textiles, reforçou: “precisamos de operadores de máquinas, precisamos de engenheiros, mas precisamos sobretudo de técnicos intermédios qualificados”.

A Universidade do Minho é, neste momento, a única a ter o curso de Engenharia Têxtil no país, mas até aí tem-se registado uma baixa procura por parte dos jovens: “o número de alunos tem diminuído de ano para ano. O ano passado tivemos oito colocados, num curso que já chegou a ter 300”, diz o diretor do departamento de engenharia têxtil, Hélder Carvalho.

“Estamos a falar de uma procura que será de milhares de engenheiros ao longo dos próximos anos, e as universidades estão a produzir poucas dezenas”, reitera Mário Jorge.

Apoiado por Raúl Fangueiro da Fibrenamics, que fez questão de desassociar a têxtil à imagem de um sector tradicional e de mão de obra não qualificada. “A IA e a robotização fazem parte do processo têxtil. Este sector também está na vanguarda da sustentabilidade”, coloca a tónica.

Ao longo da reportagem são também passados exemplos na primeira pessoa, de jovens que escolheram o têxtil como futuro. Afonso Rodrigues, formado em engenharia têxtil, é um deles. Falou sobre o seu percurso na Academia do Têxtil e a oportunidade que dá para experienciar toda a fileira, das fibras aos produtos, que podem ser convencionais ou técnicos, com aplicações na área militar, medicina, radiação, construção civil, entre outras.

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