Ana Rodrigues
De acordo com os dados descrito na mais recente edição da Cotton Contamination Survey, da responsabilidade do International Textile Manufacturers Federation (ITMF), o nível de contaminação e viscosidade do algodão à disposição nos mercados mundiais revela percentagens decrescentes, em comparação com os valores de 2019.
O relatório concluiu que a contaminação moderada ou grave das fiações de todo o mundo caiu de 25% em 2019 para 22% em 2022. Alcatrão, matéria orgânica (folhas, penas, papel, couro), tecidos de filme de plástico, cordas de plástico e matéria inorgânica (areia ou pó) correspondem às contaminações encontradas. De forma mais detalhada, 6% do algodão avaliado estava gravemente contaminado por algum tipo de matéria estranha, enquanto 16% foi apenas moderadamente contaminado. As dez descrições de algodão mais contaminadas encontram-se na Índia, Paquistão, Afeganistão, Togo e Tanzânia são os países onde se encontram o algodão cru mais contaminado face aos menos contaminados que se encontram em Espanha, China, Austrália, EUA e México.
No que contende com a viscosidade do algodão, que está em diminuição há quase dez anos (23% em 2013 face a 12% em 2022), está mais presente no Afeganistão, EUA (Pima, Arizona), Tajiquistão, Camarões, Brasil, Argentina, Índia, Sudão e Zimbábue. Por seu turno, os algodões do Paquistão, China, Grécia, África do Sul, Moçambique, Sudão, EUA (Territórios de Memphis) e Uganda muito dificilmente apresentam viscosidades.
No entanto, a aparência de fragmentos de casca de sementes continua a ser um problema, sendo que 33% dos cultivos apresentam quantidades moderadas ou significativas (igual a 2019). Os locais mais afetados são Afeganistão, Paquistão, Índia, Tanzânia, Egipto, Turquia e Togo e os menos afetados pela presença de fragmentos de tegumento são o Sudão, Camarões, Austrália, Grécia, Espanha, China e México.
Os dados revelados pela ITMF incluem a análise de 104 fiações localizadas em 21 países, tendo avaliado 78 safras de algodão diferentes.