1 Setembro 17
Praia

T

Nas praias da Argélia, usar biquini é uma forma de luta

Ir para a praia de biquini foi a forma de protesto escolhida pelas mulheres da cidade costeira de Annaba, na Argélia, para manifestarem o seu desagrado e oposição à campanha pública em curso naquele país do Norte de África que considera o fato de banho de duas peças contrário aos valores nacionais.

Na Argélia, que sempre atraiu bastantes turistas ocidentais, não é proibido usar biquínis na praia; mas as mulheres são cada vez mais pressionadas a vestir de forma conservadora quando vão a banhos. E está cada vez mais entranhado o uso de burquini, a peça de banho que cobre o corpo todo, exceto a cara, as mãos e os pés.

“Nos últimos dois ou três anos, ir à praia é difícil. Às vezes vejo-me sendo a única a usar biquíni, quando antes éramos a maioria”, diz Warda, membro de um grupo no Facebook a favor do uso do biquíni na Argélia.

A polémica em torno do biquini não é um exclusivo do mundo muçulmano.  Quando o biquíni foi inventado, após a II Guerra Mundial, a Igreja Católica também criticou asperamente o seu uso .

No primeiro concurso de Miss Mundo, em 1951, as candidatas chegaram a desfilar em biquíni, mas a peça foi logo banida. Mas o mal estava feito e o uso do biquíni tornou-se imparável, sobretudo quando as atrizes famosas se deixavam fotografar na praia, em Cannes – com Brigitte Bardot a fazer parar o trânsito.

 

Partilhar