Bebiana Rocha
A Monteiro Fabrics está a apresentar até 9 de setembro a nova coleção Amazónia na Paris Design Week, integrada no showcase ‘Re.Made in Portugal Naturally’, da AICEP. A linha de tecidos revestidos nasceu da imersão da artista Nina Andrade Silva na floresta amazónica, refletindo as suas cores vibrantes, texturas ricas e a intensidade sensorial do ecossistema. “A paleta e as qualidades tácteis da coleção foram concebidas para inspirar espaços de hotelaria, comércio e habitação”, sublinha a empresa.
Em declarações ao T Jornal, Luísa Sousa destaca a relevância do mercado francês para a estratégia da Monteiro Fabrics: “o mercado francês é muito importante para nós, é um mercado em que estamos a apostar. Esta é uma oportunidade para fazer crescer a nossa carteira de contactos. É a primeira vez que expomos aqui, é uma oportunidade para nos tornarmos mais notados pela nossa criatividade.”
Pertencente ao grupo Monteiro Ribas, a empresa soma já quatro gerações de especialização em produtos duráveis, de fácil manutenção e com elevada solidez à cor. “Trabalhamos essencialmente com estofos, por isso têm de ser produtos com as mais altas resistências, seja à luz, à abrasão. A durabilidade faz com que o nosso produto seja adequado para zonas de alta frequência, como os hotéis, que procuram ambientes diferenciados.”
Ainda dentro da resistência, a Monteiro Fabrics oferece 10 anos de garantia – um dos principais argumentos de venda, mas também ambientais. Além disso, os tecidos apresentam certificações adicionais como resistência ao fogo e acabamento antibacteriano.
A sustentabilidade é outro eixo central da estratégia da empresa. Para além da durabilidade, a Monteiro Fabrics tem investido na incorporação de matérias-primas alternativas, nomeadamente resíduos da floresta e da indústria alimentar, como casca de castanha e caroço de azeitona. A experiência começou no âmbito do projeto BioShoes4All, inicialmente direcionado ao calçado, mas acabou por gerar soluções inovadoras para os têxteis. “Estamos a trabalhar para maximizar o teor de reciclado nos nossos produtos.”
A estratégia tem dado frutos: a Monteiro Fabrics prevê crescer 12% em 2025, apoiada também num esforço comercial para reforçar a presença internacional. Atualmente, exporta para 35 países, mas quer ir mais longe.
“Temos feito um esforço comercial enorme para aumentar, porque sabemos que somos bons tecnicamente, mas não estávamos a exteriorizar. Temos um investimento forte em inovação e desenvolvimento; fizemos também investimentos na digitalização para monitorizar os processos em tempo real, reduzir desperdícios, automatizar processos e ter informação mais fiável e organizada. Temos mais planos de digitalização para o futuro, que passam por usar ferramentas mais atuais, que nos permitam prever e aumentar também a eficiência energética.”