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“O têxtil português soube antecipar as tendências do mercado europeu e, por isso, está mais capaz manter” um fluxo de exportações em alta ao longo de 2023, afirmou o secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz no quadro da visita ao MODTISSIMO 60+2. Admitindo que o ano é “desafiante”, Ivo Cruz conta, por outro lado, com os mecanismos da União Europeia para barrar a entrada das fronteiras do bloco toda a concorrência que não cumpra as regras apertadas que regem a produção interna.
Sendo essa uma preocupação central das empresas portuguesas – por diversas vezes já manifestada pelo presidente da ATP, Mário Jorge Machado às instâncias governamentais – o secretário de Estado recordou que a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, assegurou esta semana que está alinhada nessa matéria. “Vamos proteger as nossas empresas”, afirmou.
Matéria de sustentabilidade, de circularidade e de ‘desfossilização’ da economia (substantivo da autoria de Mário Jorge Machado), recorde-se, o que leva Ivo Cruz a afirmar que também nesta área “a indústria têxtil tem sabido estar à frente” da concorrência. Mais uma razão para que o ano em curso não seja o drama que poderá ser noutras geografias.
Para o secretário de Estado, outro exemplo a seguir fornecido pela indústria têxtil é a sua mais que demonstrada capacidade de alinhar toda a fileira em torno de projetos comuns: que não só permitem um desenvolvimento harmonioso do sector, como implicam uma gestão muito eficaz do financiamento estatal envolvido.
Bernardo Ivo Cruz teve ainda oportunidade de revelar que a sustentabilidade e a circularidade serão os motivos para que, no dia 25 deste mês, o Governo organize um grande evento para onde convidou toda a fileira da indústria, da academia e das associações para convergirem num projeto que pretende estender essas valências a toda a economia.