Bebiana Rocha
Imagem: Egídio Santos
O Modatex qualificou cerca de 25 mil pessoas ao longo de 2024, revelou José Manuel Castro durante a sua intervenção no painel dedicado às competências profissionais, no 27.º Fórum da Indústria Têxtil, que decorreu na passada sexta-feira, no CITEVE.
Deste universo, entre mil e 1200 são considerados altamente qualificados, por terem frequentado programas de longa duração — superiores a um ano — em áreas como modelagem, comércio internacional, entre outras especializações cruciais para o setor.
O centro de formação tem como principal público jovens com o ensino secundário completo e jovens desempregados, cumprindo uma missão de serviço público. No entanto, também colabora ativamente com as empresas, desenvolvendo ações formativas ajustadas às exigências atuais do mercado. Nesta vertente, José Manuel Castro assinalou uma tendência evidente: “quem mais tem, mais investe; quem menos tem, menos investe”, referindo-se sobretudo à digitalização e ao desenvolvimento de competências neste domínio.
Durante a sua intervenção, partilhou ainda uma das dificuldades que a instituição enfrenta: a escassez de formadores, sublinhando que a possibilidade de contratar profissionais aposentados poderia ser uma solução relevante para colmatar essa carência.
Para concluir, salientou que o Modatex ensina modos de trabalhar, e que a principal competência que procuram desenvolver é a capacidade de resolver problemas de forma criativa, em contextos tecnológicos exigentes. Rejeitou a ideia de talento como uma característica inata, defendendo que qualquer pessoa pode atingir o nível pretendido com a formação adequada e dedicação.