Ana Rodrigues
As vendas globais do grupo El Corte Inglés cresceram 4,5% nos primeiros oito meses do exercício (a partir de março). Os sectores que impulsionaram o aumento da faturação foram a moda e os produtos alimentares, duas das áreas onde se verificou maior impacto do aumento de preços patrocinado pela inflação.
Sem contabilizar o impacto do IPC (índice de consumo, que cresceu 3,5% até outubro), este aumento das vendas seria 1%, segundo avançou o jornal El Confidencial, uma vez que o aumento dos preços na moda foi de 2,2% até outubro. Com este cálculo, o crescimento das vendas da empresa no sector têxtil seria de 2%, contra 0,9% no exercício anterior à pandemia.
No entanto, no exercício de 2022-2023, a moda foi também um fator chave no desempenho do grupo espanhol: o volume de negócios aumentou 22,5%. O retalho, por seu turno, cresceu 7,6%, sendo o negócio da moda a principal alavanca, com um crescimento de 16,3% para 4,68 mil milhões de euros.
Com a alteração das temperaturas em Espanha e a entrada do outono, as vendas de moda do grupo foram impulsionadas na segunda quinzena de outubro. Porém, a temporada que começa agora – Black Friday, a campanha de Natal e as promoções – é essencial para o El Corte Inglés que gera 40% do seu resultado operacional neste período.