Ana Rodrigues
Roupa, calçado e acessórios lideram a lista de produtos online mais consumidos na Europa em 2022, tendo cativado 68% dos utilizadores online, colocando-se à frente de produtos de multimédia, refeições ou cosméticos. As vendas online cresceram ao longo do ano, apesar do período negativo para o consumo.
Segundo o relatório da Confederação Ecommerce Europe de 2023, face a uma inflação que poderá distorcer a imagem do crescimento do sector, existe um cálculo da evolução que corrige este efeito: o crescimento do comércio eletrónico europeu permaneceu muito forte (+9%), mas caiu em 2022 devido ao choque inflacionista, contraindo-se pela primeira vez na história (-2 pontos). As únicas regiões onde o comércio eletrónico não terá diminuído em 2022 são a Europa de Leste (+5%) e a Europa do Sul (+13%).
“O aumento dos preços foi o principal impulsionador do aumento do volume de negócios do comércio eletrónico em vários países europeus. No entanto, a queda nos volumes foi parcialmente compensada por um aumento nas compras de serviços online”, menciona o relatório.
De acordo com os dados obtidos, que se baseiam nomeadamente em dados da Eurostat, em 2023 o comércio eletrónico também começou a recuperar com a descida da inflação, levando a prever ao crescimento em 2023 (+2%). Revela, ainda, que a presença online é vital para muitos retalhistas, sobretudo as pequenas empresas.
Mais ainda, cerca de 81% dos compradores online foram para vendedores nacionais e 37% para um país estrangeiro. Em detalhe, 31% dos europeus encomendaram a vendedores localizados noutros países europeus, ao que se junta os 19% que encomendaram de um país fora da Europa e 15% de um país não identificado.
Os países da Europa Ocidental e do Norte continuam a ser os maiores mercados europeus para vendas online, com 87% e 85% dos compradores online, respetivamente. A Europa Ocidental gera sozinha 67% das vendas online europeias.