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A Mind Shirt adquiriu por 125 mil euros a Sociedade Têxtil da Assenta, uma fábrica de camisas de Torres Novas que estava em processo de falência, e prometeu manter a maioria dos seus 70 trabalhadores.
Há cerca de um ano que o administrador da insolvência procurava ativamente um investidor que evitasse o encerramento da Assenta, dando assim seguimento à decisão aprovada pelos 329 credores de vender a fábrica com a garantia da manutenção dos postos de trabalho.
Em março do ano 2015, a empresa tinha pedido insolvência por não ter capacidade económica para cumprir as suas obrigações e pagar as dívidas. O passivo era superior ao ativo e as dívidas atingiam os 6,7 milhões de euros, de acordo com a lista de todos os que se constituíram como credores, uma centena dos quais eram trabalhadores que reclamavam o pagamento total de 1,2 milhões de euros referentes a indemnizações por despedimento e a subsídios de férias e de Natal de 2011 a 2013.
A empresa atravessava dificuldades desde 2013, altura em que avançou para tribunal com um Processo Especial de Revitalização, no âmbito do qual foi aprovado um plano de recuperação, que, volvidos dois anos, não estava a cumprir por não conseguir aumentar as vendas. Por isso, veio a pedir insolvência.
No pedido de insolvência, a Têxtil da Assenta, que exporta 60% da produção (sobretudo para o Brasil, Angola, Moçambique, África do Sul, Bélgica, França, Inglaterra, Islândia e Suíça) argumentava ser “economicamente viável, porque tem uma boa carteira de clientes”, mas estar debilitada em termos financeiros, por não “disponibilidade de tesouraria para custear a aquisição de matéria-prima e pagar os custos de mão-de-obra, de forma a poder aceitar e cumprir as encomendas”.