16 junho 25
Empresas

Bebiana Rocha

Mandarin quer ajudar as empresas a colmatarem a falta de mão de obra

A Mandarin Knitting Technology vai instalar-se este mês de junho em Portugal, mais concretamente em Barcelos, onde já tem a sua Quinta da Mandarin totalmente preparada para acolher uma escola dedicada à formação em tricotagem. Este novo espaço nasce com o objetivo de responder à crescente necessidade de mão de obra qualificada no setor, através da capacitação das novas gerações.

“Podemos ajudar a colmatar a atual elevada procura por mão de obra qualificada através da formação das novas gerações”, afirma a empresa italiana ao T Jornal, sublinhando que conta na sua equipa ibérica com uma professora de tricotagem que leciona na prestigiada escola de moda NABA, em Milão.

A empresa destaca que a digitalização e o surgimento de tecnologias cada vez mais inteligentes estão a transformar profundamente o ensino da tricotagem. “Os alunos começam hoje a programar antes mesmo de compreenderem como se faz o tricot. Decidimos dar às novas gerações a oportunidade de aprenderem a tricotar desde a base – começando por uma máquina manual de tricotagem plana”, explica, com a expetativa de que, dentro de cinco anos, já tenha formado um número significativo de pessoas.

O plano formativo será muito abrangente, cobrindo todas as etapas do processo: desde as máquinas manuais até à programação de peças fully fashioned, incluindo as estruturas de malha mais avançadas.

A Mandarin trabalha com o mercado português há 11 anos. Apesar de o país representar apenas uma pequena parte do volume de negócios da empresa, esta decisão de se instalar fisicamente em Portugal reflete o reconhecimento do enorme potencial da ITV nacional, quer ao nível da capacidade produtiva, quer da qualidade de confeção.

“A abertura da nossa nova filial é uma mensagem forte para os nossos atuais e futuros clientes: a Mandarin veio para ficar”, afirma, reconhecendo que o investimento surge num momento particularmente desafiante para o setor têxtil.

O showroom da Quinta da Mandarin contará com seis máquinas escolhidas para dar resposta direta às necessidades do mercado português: duas máquinas destinadas à produção de colarinhos, punhos e canelados; duas máquinas fully fashioned com alimentadores motorizados; uma para palmilhas e tecidos técnicos nos setores automóvel e de mobiliário; e uma máquina full garment, também equipada com alimentadores motorizados.

A Mandarin disponibiliza atualmente cerca de 30 modelos de máquinas, organizadas em nove categorias que cobrem desde peças fully fashioned de luxo com alimentadores para intársia, até máquinas para calçado, tecidos técnicos, estofos, vestuário e acessórios em bitolas muito espessas (0.5G e 1.5G, incluídas na série Thick Design), bem como modelos com 100 polegadas de largura – os maiores do mercado –, além de soluções para peças seamless com capacidade de intársia e vanisé reverso.

Com esta nova etapa, a empresa reforça o seu compromisso com a promoção da indústria têxtil portuguesa, assumindo também um papel ativo na sua recomendação junto de marcas internacionais. “Estamos a trazer connosco marcas que nos procuram para indicar produtores. Muitas produções asiáticas estão a regressar à Europa e, para nós, Portugal é o local ideal”, conclui.

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