14 maio 20
Indústria

T
Foto: Susana Machado/Máscaras Daily Day

Mais de 600 produtos e materiais já com aprovação Citeve

Entre máscaras, produtos médicos e materiais, são mais de 600 os equipamentos de protecção que estão no mercado com a garantia Covid-19 de aprovação pelo CITEVE e fabricados por cerca de 250 empresas portuguesas. No que diz respeito às máscaras comunitárias, a lista dos modelos com selo de garantia ultrapassa já as 240, mas nos laboratórios do centro tecnológico do têxtil e vestuário mantem-se a azáfama para testar e avaliar os mais de três mil modelos que já foram submetidos a aprovação.

Além das máscaras, também as listagens de materiais e produtos médicos não param de crescer. Mostra inequívoca da dinâmica que a indústria têxtil e vestuário imprimiu na luta contra a Covid-19 e da sua capacidade de reconversão face aos condicionalismos do mercado. A última contagem identificava 205 tipos de materiais aprovados para o fabrico de equipamentos de protecção, enquanto 140 desses produtos conta já também com o selo de aprovação. Produtos como batas, cogulas, coverall, máscaras profissionais, vestuário de doentes, fardamento e outros dispositivos médicos, com que o sistema de saúde tem enfrentado o combate à pandemia.

Confiante na força e dinâmica exportadora do sector têxtil, o ministro da Economia disse já que as empresas estão a trabalhar para abastecer o mercado interno, mas também com o objetivo de exportação. “Já temos em Portugal uma capacidade de produção de máscaras superior a um milhão por dia e cada vez vamos começar a produzir mais máscaras reutilizáveis. As empresas portuguesas não só produzem para o mercado nacional como já começam a produzir também para exportação”, disse quando no início deste mês se tornou generalizado o uso de máscaras.

“Portugal é um grande fabricante de produtos têxteis e de vestuário, vamos começar a exportar, porque este vai ser um produto que, nos próximos tempos, vai ser muito necessário na Europa, nos Estados Unidos, e não podemos estar dependentes apenas da China, que era tradicionalmente o grande produtor deste tipo de equipamentos”, sublinhou ainda na ocasião Pedro Siza Vieira.

Com a dinâmica imprimida pelas empresas, a indústria têxtil mostra-se preparada para abastecer as necessidades de todos os europeus num segmento em que estavam até agora dependentes da Ásia, basicamente da China. O presidente da ATP, Mário Jorge Machado, tem garantido que Portugal está preparado para fabricar máscaras para todos os europeus, e isso mesmo foi comunicado à Euratex, a Confederação Europeia do Vestuário e Confeção cuja equipa diretiva integra, que o fez saber às autoridades europeias.

Partilhar