Ana Rodrigues
Apesar do modesto aumento nas vendas, a H&M aumentou os lucros nos primeiros nove meses do ano (de dezembro de 2022 a agosto de 2023). A empresa sueca aumentou o resultado líquido em 61% para os 7.147 milhões de coroas suecas (611 milhões de euros), mas o volume de negócios só cresceu 8%.
Parte do aumento dos lucros deve-se ao facto de a base comparável estar afetada pelos custos extraordinários da saída da Rússia, que ascenderam a 149 milhões de euros. Nesse contexto, o resultado operacional cresceu 60%. Por sua vez, a margem bruta caiu para os 50,3%, face aos 51,1% do ano anterior.
Tal como antecipado pela empresa, o volume de negócios ascendeu a 1.48,8 milhões de euros, ou seja, mais 8%. Quanto às taxas de câmbio constantes, a evolução nos primeiros nove meses foi estável, isto é, o seu impacto é negligenciável.
Só no terceiro trimestre (junho a agosto), a H&M cresceu 6%, novamente com vendas estáveis a taxas de câmbio constantes. A margem bruta, no entanto, melhorou ligeiramente para 50,9%. Em setembro, a empresa antevê uma redução da receita em 10%. Nesse sentido, a saída da Rússia terá um impacto negativo de quatro pontos percentuais.
O grupo, que opera sob as marcas H&M, Cos, Weekday, Monki, H&M Home, &Other Stories, Arket, Afound e Sellpy, distribui os seus produtos em 4.375 lojas em todo o mundo, depois de reduzir a sua rede em 90 lojas em relação ao ano anterior. Em 31 de agosto de 2022, a empresa operava com uma rede comercial de 4.664 estabelecimentos, 75 das lojas fechadas estavam na Rússia e na Bielorrússia, onde o negócio foi liquidado em 2022.
Para os próximos meses, a empresa prevê o “crescimento omnicanal” e comemora a expansão comercial dos últimos meses, com a primeira loja física da Cos no México ou a abertura do primeiro estabelecimento físico da Arket na Suíça, que desembarcará em 2024 em Espanha.