13 janeiro 23
Beachwear

T

Lasa sai da casa e vai até à roupa de praia

A tendência foi lançada pela Prada e a Miu Miu mas a Lasa não demorou a surfar essa onda e apresentou na Heimtextil uma linha de roupa para levar para a praia que despertou um grande interesse dos clientes.

Roupa de cama que não precisa de ser passada é outra das novas novidades da coleção que a Lasa levou até Frankfurt, onde, como é obrigatório, a palavra de ordem é a sustentabilidade, com particular destaque para acabamentos e tingimentos com recurso a corantes minerais e naturais.

“É isso que os clientes querem, é por isso que apostamos ”, diz Fátima Antunes, gestora do grupo Lasa que emprega 700 trabalhadores e fechou 2022 com um volume de negócios de 70 milhões de euros, ligeiramente inferior ao registado em 2021, um ano de ouro para os têxteis-lar.

“O ano passado até começou bem, mas depois foi abrandando com o enorme impacto da guerra nos custos energéticos. Não fizemos lay off mas reduzimos a produção e por isso tivemos trabalhadores em casa”, conta Fátima.

A conta do gás da Lasa subiu 103% e a da eletricidade 70%. “Aguentamos, mas estamos a passar um mau bocado”, afirma Fátima Antunes, que aproveitou a visita à feira do secretário de Estado da Economia para o questionar sobre os atrasos na aprovação dos dois projetos de descarbonização (o da Lasa, no valor de 2,6 milhões de euros, e o da Filasa orçado em 5,6 milhões) candidatos ao financiamento pelo PRR.

“Começaram por nos dizer que as decisões saiam em novembro. Agora falam em fevereiro. Como não podíamos esperar mais, estamos a avançar para a transição energética só com o nosso dinheiro”, lamenta a gestora da Lasa.

Fátima Antunes está convencida de que tendencialmente os preços da energia vão estabilizar mas está apreensiva sobre o que 2023 lhe reserva: “As decisões de compra estão adiadas; os clientes estão à espera que os preços desçam e depois vão encomendar tudo à última hora. O melhor cenário é que este ano seja ao contrário do ano passado e desta vez as coisas comecem mal e recuperem no 2º semestre”.

Muito exposta aos mercados tradicionais da Europa, onde faz 90% das suas vendas, a Lasa está a explorar novos mercados, como o Japão, Canadá e Estados Unidos (“já estão a sair da recessão”), e novos países europeus, como a Polónia ou a Grécia. Não se pode esperar sentado – é preciso dar corda aos sapatos.

Partilhar