Bebiana Rocha
A Lasa alertou para o impacto que as tarifas impostas pelos Estados Unidos à União Europeia podem ter na sua atividade. Em reportagem transmitida ontem no Jornal das 8 da RTP, Fátima Antunes, responsável administrativa da empresa, lembrou que cerca de 15% da produção é destinada ao mercado norte-americano.
“Temos de ir buscar essa percentagem a outros mercados, como, por exemplo, o Canadá ou países que estejam mais adormecidos”, afirmou, sublinhando a necessidade de diversificar destinos de exportação.
Ao longo da reportagem, foram mostradas imagens das linhas de produção de atoalhados da empresa. Nos últimos meses, as exportações para os EUA cresceram 5%, resultado de clientes a anteciparem encomendas, o que, segundo a empresa, poderá significar uma quebra nas vendas para este mercado nos próximos meses.
“Estamos numa situação difícil porque vendemos em dólares e não fazemos um preço para o momento em que estamos a exportar; os preços são definidos meses antes”, explicou Fátima Antunes.
Apesar deste cenário, a Lasa mantém alguma vantagem competitiva por trabalhar com um segmento de clientes de gama média-alta. “As marcas que procuram preços baixos já não produzem em Portugal”, salientou.
A Lasa integra um grupo empresarial que fatura anualmente cerca de 60 milhões de euros e está agora focada em estratégias para minimizar o impacto das tarifas norte-americanas.