Maria Monteiro
Depois de ter vivido tempos turbulentos e de ter sido comprada em hasta pública em 2012, a Labrador, marca portuguesa de roupa masculina e acessórios, dá conta do melhor resultado de sempre: três milhões de euros em receitas e um aumento de 68% do número de clientes face ao período homólogo do ano passado.
O Edge Group, do empresário José Basto, apostou dois milhões de euros no relançamento da insígnia e neste momento a Labrador conta com cinco lojas em Lisboa e no Porto, fazendo parte dos planos de expansão para os próximos anos abrir mais cinco ou seis unidades nas mesmas geografias.
Em 2019, foi feito um investimento na inovação das coleções e em comunicação e marketing, ao mesmo tempo que foi inaugurada a flagship das Amoreiras, o que permitiu insuflar um novo alento ao negócio. A nova estratégia de comunicação redirecionou os clientes para a loja online, o que acabou por impulsionaram as vendas, que se aproximaram dos valores dos espaços físicos, fazendo assim crescer o segmento mais jovem (menos de 35 anos).
“Ao nível de produto, hoje oferecemos, quer na coleção desportiva e formal, quer nos serviços de alfaiataria por medida, opções para todas as gerações. Acreditamos também que este segmento procura cada vez mais peças que duram, que têm um certo critério, qualidade e autenticidade que lhes dá personalidade. Isso é algo que sempre tivemos”, confirma José Basto ao jornal Dinheiro Vivo.
Surpreendida com a pandemia, que levou a uma subida dos preços e posteriormente a uma baixa no consumo, o balanço da Labrador é positivo. “Em apenas um trimestre, com o simples facto de termos aberto uma loja online e termos passado a investir em marketing e comunicação e numa maior inovação em produto, passámos de estagnados a crescer 20% ano contra ano”, remata o CEO, que conclui, “Este ano, fruto de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver, chegámos a estar a crescer 100% em same store sales, isto é, sem contar com as novas lojas”.