07 julho 25
Economia

Bebiana Rocha
Imagem: Egídio Santos

João Rui Ferreira enaltece “um setor com vigor” e promete ação

Um setor com vigor! É esta a imagem que o 27.º Fórum da Indústria Têxtil transmitiu ao Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, responsável pelo discurso de encerramento do evento. A comemoração dos 60 anos de percurso associativo da ATP “mostra o vigor deste setor”, afirmou, considerando o movimento associativo como “muito importante para consolidar posições” junto do Governo.

“É mais fácil ter um interlocutor para focar a mensagem e identificar os objetivos comuns”, começou por referir, garantindo que o setor “merece ser ajudado não só porque sim, mas porque vale a pena”.

Pegando nas palavras do Presidente da ATP, Mário Jorge Machado, que o antecedera na intervenção, fez questão de contrariar a ideia de que o país não valoriza os empresários – “há um orgulho grande nos empresários por parte do Governo, estão ao lado dos trabalhadores, são a verdadeira base”, afirmou, lembrando que “criar crescimento económico é um dos desígnios do Governo” e que esse objetivo só pode ser cumprido com o apoio das empresas, especialmente das empresas têxteis, que continuam a representar um setor estratégico para a economia nacional.

Durante a sua intervenção, João Rui Ferreira procurou transmitir uma mensagem de esperança, reforçando que existem oportunidades a ser aproveitadas. As empresas, defendeu, devem inovar, procurar novos produtos, subir na cadeia de valor e tornarem-se verdadeiras bandeiras da sustentabilidade – só assim o setor poderá crescer.

Reconheceu, contudo, que se trata de um setor que concorre a nível global e que isso nem sempre é fácil. Por isso, garantiu que o Governo pretende implementar medidas para compensar o risco e o esforço dos empresários: “Assumimos como compromisso o combate à burocracia do ponto de vista do licenciamento, a eliminação de atrasos nas análises”, afirmou.

Acrescentou ainda o compromisso do Banco Português de Fomento em ajudar as empresas na capitalização, a intenção de reduzir o IRC, de apostar mais na internacionalização – através de projetos conjuntos – e de simplificar a complexidade das candidaturas, promovendo processos mais transparentes e eficazes, que também facilitem a ação das associações.

Ao longo da intervenção, João Rui Ferreira deixou ainda recomendações às empresas: maior cooperação – ou seja, mais trabalho em rede para ganharem escala –, tornar a sustentabilidade uma marca nacional e procurar uma maior transferência de conhecimento.

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