Bebiana Rocha
A JF Almeida traz várias novidades à feira Heimtextil, entre as quais João Almeida dá especial ênfase às camisas de flanela. “Focamo-nos na área das flanelas, flanelas liocel com lã, com um toque fantástico e confortáveis. Dentro das flanelas trouxemos camisas porque queremos mostrar do que somos capazes” enquadra ao T Jornal o administrador.
As mesmas já tinham sido trabalhadas numa vertente mais técnica para serem apresentadas na ISPO Munich em dezembro passado, por exemplo com acabamentos de repelência à água, e agora são retrabalhadas para uma vertente mais homewear.
Com foco na sustentabilidade a empresa de Moreira de Cónegos traz igualmente artigos reciclados: “começamos a fazer cobertores com fio reciclado de alta qualidade”, especifica. Ainda numa vertente sustentável a JFA tem no stand produtos selecionados com passaporte digital de produto.
“É um projeto que temos totalmente por conta própria, que permite ver os quilómetros percorridos, os consumos de água, de produtos químicos entre outros parâmetros”, acrescenta João Almeida. A JF Almeida tem apostado forte também na elaboração do relatório de sustentabilidade, sendo agora a prioridade as emissões de âmbito 3 que abrangem o resto da cadeia.
Nas metas para 2025 o dirigente aponta para uma consolidação do negócio, através do aumento das margens. “Queremos subir no volume de faturação entre 5 a 10%, vamos também investir na parte da inovação, sobretudo na Inteligência Artificial. Já começamos a fazer contratações nesse sentido”.
Enquadre-se que em 2024 a JFA criou um novo departamento de engenharia de processos e reforçou o seu departamento de IT, contando agora com sete pessoas disponíveis para se dedicarem ao tema. “Estamos a desenvolver, integrada na agenda mobilizadora TEXPACT, uma plataforma de inteligência artificial que com uma fotografia ou uma pequena coleção do cliente é capaz de apresentar coleções automaticamente”, informa.
No horizonte da empresa para 2025 está também a exploração do mercado brasileiro. É um país para o qual a JF Almeida ainda não exporta e espera que o acordo EU-Mercosul seja a luz para se alcançar este difícil mercado.
Será, contudo, um ano desafiante pela sua envolvente geopolítica, João Almeida destaca como decisivas questões como a entrada de Donald Trump na Casa Branca e o término das guerras, mas coloca também do lado da empresa a obrigação de trabalhar cada vez mais produtos não básicos.