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A recuperação está a acontecer na maioria dos subsectores da ITV no Vale do Ave, tal como nos vales do Cávado, Tâmega e Sousa. A conclusão é do Jornal de Notícias, que na edição de sábado dedicou duas páginas a esta matéria.
“A indústria do têxtil e vestuário exportou, em maio deste ano, mais de 433 milhões de euros, o que representa um aumento de 28,2% face ao mesmo mês de 2020”, começa por descrever a notícia, acrescentando que “o ano de 2020 foi tão mau, que a comparação da evolução das exportações é feita com 2019”.
Neste caso, “há uma quebra de 6,3% face ao mesmo período de 2019, mas aquele também foi o melhor maio de sempre desde que o INE começou a divulgar os valores das exportações”, explica o JN, avançando que “para perceber a evolução, é preciso mergulhar na heterogeneidade da indústria, pois a recuperação está a acontecer a três velocidades”.
Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário e Portugal , explica que “o setor continua ainda bipolar. Tem uma área que está bem, dos têxteis-lar, outra que está relativamente bem, das malhas, e tem outra que está mal, que é a área dos tecidos”. Como causas, aponta para a mudança nos hábitos sociais imposta pela pandemia. “Não vamos a festas, jantares, não socializamos. Portanto, estamos a privilegiar a roupa de conforto, de estar em casa, e só agora estamos agora a começar a sair”, diz o presidente da ATP.
A notícia destaca ainda que “em maio quase todos os subsetores tiveram melhor prestação que em 2020. Se a comparação for com 2019, a recuperação também se regista em vários subsetores, em especial nos têxteis e vestuário ligados ao lar”.