Bebiana Rocha
Imagem: Smartex
As barreiras à inovação foram um dos temas em destaque no evento Smart Collab, organizado pela Smartex na passada semana. António Rocha, cofundador da tecnológica, abriu a sessão com uma reflexão sobre as mudanças em curso no setor e sublinhou a importância de as empresas saberem como comercializar a inovação.
Seguiu-se uma troca de ideias entre os elementos do painel, composto por Mark Green, Mikael Weinholtz e Pedro Santos. Entre as mensagens principais, destacou-se a perceção de que o movimento da indústria no sentido da inovação tem sido lento. A longa lista de tarefas e investimentos prioritários, aliada à falta de uma visão clara sobre onde alocar os recursos, tem dificultado o avanço.
Os oradores chamaram ainda a atenção para a necessidade de escala para o sucesso, realçando que inovar não significa necessariamente criar internamente de raiz, pode passar também por adotar tecnologias em desenvolvimento de outros.
“Precisamos de um triângulo com visão partilhada”, afirmou Mark Green, reforçando a importância de marcas, indústria e investidores estarem alinhados. O painel reforçou também o papel crucial das colaborações, da escolha das pessoas certas e da definição, dentro das equipas, de responsáveis pela execução das inovações planeadas.
“O controlo total da supply chain precisa de ser garantido”, defendeu, por sua vez, Mikael Weinholtz, destacando a rastreabilidade como um fator cada vez mais crítico.
Já Pedro Santos sublinhou que “entender o valor do tempo é crucial”, ao ser questionado sobre se compensa mais desenvolver tecnologia internamente ou adquirir soluções já existentes.
Na ronda final, dedicada a conselhos práticos para as empresas, Mikael recomendou apostar em dados, Mark destacou a importância da velocidade e flexibilidade – e concluiu: “Portugal é o sítio ideal para responder rápido na Europa”.