21 outubro 24
Empresas

Bebiana Rocha

Indústria Têxtil e Vestuário em análise SWOT

O Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia apresentou esta manhã a primeira edição dos Estudos Sectoriais 2030, do qual constou uma análise às forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do Sector Têxtil e Vestuário. Da análise feita por Joana Almodovar, diretora do GEE, saltam: a conjuntura internacional instável como ameaças, a dimensão empresarial como uma fraqueza, a transição digital como uma oportunidade e a tradição e concentração geográfica como principais forças.

Em termos de ambiente externo, o estudo identificou como oportunidades: a transição digital e económica, a reindustrialização e autonomia estratégica, a conjugação do private label com o made in Portugal (investimento estrangeiro no segmento moda luxo e fibras alternativas) e acordos de comércio livre.

“As oportunidades vão vir da transição digital e ecológica, assim como da reindustrialização. O relatório Draghi vem reforçar precisamente o reposicionamento da Europa. A política industrial é, deste modo, uma oportunidade para Portugal”, disse a diretora.

Já nas ameaças constam: a inflação, os preços da energia, a geopolítica e as cadeias de abastecimento. A par da concorrência internacional via custos de produção e a regulamentação europeia, que tem-se mostrado complexa e com necessidade de nivelar o terreno de jogo.

No ambiente interno, as forças são: a já conhecida tradição e know-how, o ecossistema de inovação português, que é maduro, a concentração geográfica sectorial, fazendo dele o maior da Europa, e o reconhecimento da marca Portugal e do ciclo industrial.

Por último, as fraquezas prendem-se com: a dimensão empresarial do sector, composto na sua maioria por pequenas empresas, as cadeias de valor, as qualificações dos recursos humanos e a capacidade de atrair jovens para funções fabris, a dependência externa e o financiamento.

Da análise SWOT sobressaem como recomendações do GEE: um reforço do compromisso com a sustentabilidade, com a qualificação dos trabalhadores e gestores. A direção aconselhou a promoção da atratividade das funções fabris, o investimento em negócios digitais e uma aposta no financiamento público numa lógica colaborativa. Diversificar mercados e aumentar a autonomia estratégica também são indicados.

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