Bebiana Rocha
“Só com uma base industrial renovada e competitiva será possível vencer nos mercados externos, crescer mais, com melhores empregos e salários mais elevados. Alcançar este desígnio será, fundamentalmente, obra das empresas, mas existe um enquadramento favorável por parte das economias públicas”, defende Armindo Monteiro.
O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal será orador na sexta-feira, dia 4 de julho, no 27º Fórum da Indústria Têxtil, que terá lugar no Auditório do CITEVE. Integra o painel ‘Políticas públicas para uma indústria mais competitiva’, ao lado de António Cunha, presidente da CCDR-N, e Luís Guimarães, administrador do Banco Português de Fomento. A moderação estará a cargo de Ana Dinis, diretora geral da ATP.
Durante a tarde, serão abordados temas como o impacto real dos fundos públicos regionais e a sua adequação às empresas industriais, a eficiência dos instrumentos de financiamento público – com especial enfoque nas PME –, e a urgência de colocar a produtividade no centro das decisões económicas.
Em entrevista ao T Jornal, Armindo Monteiro acrescenta: “Precisamos de políticas públicas que coloquem a competitividade como preocupação transversal na intervenção do Estado na economia, que estimulem o investimento e favoreçam a retenção de talentos e o desenvolvimento de competências.” Para o presidente da CIP, é ainda necessário desenvolver uma estratégia industrial que responda aos grandes desafios do futuro e tenha em conta as especificidades de cada setor.
“O painel em que terei a honra de participar será uma ocasião para debater orientações e propostas que permitam a Portugal dar um salto em produtividade e competitividade, nomeadamente no que respeita à sua base industrial. Será também uma oportunidade para reforçar o compromisso da CIP com a indústria transformadora, numa lógica de responsabilidade partilhada e ação coordenada”, conclui.
A ATP acrescenta que uma política industrial sólida é um pilar essencial para o crescimento sustentável da Região Norte e para a economia circular. Este painel pretende ser um momento de compromisso e responsabilização conjunta – não um mero exercício de diagnóstico.
“É importante que os empresários estejam presentes, aproveitem a oportunidade para colocar as suas questões aos representantes das entidades presentes no painel e que façam ouvir as suas preocupações. Este é o momento certo!”, lembra a ATP.