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A indústria da moda europeia está a unir-se para garantir a sua sobrevivência e essa meta passa necessariamente por um plano estratégico específico que, a partir da cúpula da União Europeia, garanta a permanência da indústria no espaço comum após a crise da Covid-19. No mês passado, a Comissão Europeia atualizou a Nova Estratégia Industrial 2020, que se concentra na construção de um mercado único mais forte para enfrentar a recuperação no continente.
Mas, para a indústria da moda – que agrega os setores têxtil, de vestuário, couro e calçado – não chega, e exige da União Europeia um plano específico: numa declaração conjunta intitulada ‘A futura estratégia industrial do ecossistema têxtil da UE‘, o setor pede a promoção de uma estratégia “coerente e eficaz”. O objetivo é que a Europa apoie e oriente as empresas na transição ecológica e digital – dois vetores centrais da maioria dos planos de recuperação e resiliência enviados para Bruxelas pelos 27 Estados-membros.
O texto sublinha a necessidade de salvaguardar a indústria da moda e proteger os empregos num ambiente altamente competitivo e globalizado – exigindo o compromisso total de Bruxelas com os operadores do setor, tanto na sua recuperação como na sua transformação.
O documento diz ainda que é necessário construir um novo modelo de negócio na Europa, baseado na inovação e na sustentabilidade, e refere que o principal alvo das suas preocupações são as PME, que representam mais de 95% dos operadores em todos os setores dos 27. A combinação certa de incentivos e diretrizes deve ser gizada ao mais alto nível da Comissão Europeia, dizem os signatários, para garantir o desenvolvimento sustentável da indústria.
A declaração conjunta foi assinada pela Euratex, Confederação Europeia da Indústria do Calçado (CEC), Confederação das Associações Nacionais de Curtumes da União Europeia, Cotance e IndustriAll.