10 setembro 25
Marcas

Bebiana Rocha

Inditex cresce 1,6% no semestre enquanto Zara renova lojas emblemáticas

A Zara despede-se das lojas sobrecarregadas de artigos e aposta cada vez mais em códigos de luxo para criar uma narrativa aspiracional dentro de uma marca que continua a ser de massas. É isso que demonstram as duas reaberturas recentes da marca: a loja da Calle Serrano, em Madrid, e a do Centro Comercial Trafford Centre, em Manchester.

A loja de Serrano está estruturada em cinco pisos e ocupa mais de 2.400 m², incluindo uma novidade: El Apartamento, um espaço de 400 m² concebido para recriar a atmosfera de uma casa, que apresenta coleções especiais da Zara e da Zara Home, assim como um café. O espaço incorpora ainda os mais recentes sistemas para agilizar o atendimento ao cliente, como a recolha e devolução automatizada de encomendas online e ferramentas digitais para localizar produtos em tempo real.

Tal como se observa nas imagens, os corredores ganharam espaço e os materiais utilizados tornaram-se mais nobres. O mesmo se verifica na loja do Reino Unido, onde se destacam grandes espaços abertos e áreas diferenciadas. De referir que as montras e as entradas são agora independentes para cada uma das linhas — homem, mulher, criança e Trafaluc.

Ao longo de mais de 4.000 m², a experiência está organizada por secção, coleção e família de produto. Por exemplo, foi criada uma zona exclusivamente dedicada a calçado, com sofás para que os clientes possam experimentar os artigos. Este é mais um passo do grupo no sentido de elevar a atenção ao cliente.

A Modaes publicou esta quarta-feira os resultados da Inditex no primeiro semestre do ano: as vendas cresceram 1,6% e o lucro líquido aumentou apenas 0,8%. A primeira metade do ano fechou com vendas de 18.357 milhões de euros e um lucro líquido de 2.791 milhões de euros.

“A Inditex encerra o primeiro semestre do ano com uma posição financeira um pouco menos robusta”, lê-se no artigo, que concretiza: “em caixa e equivalentes de caixa, a queda anual foi de 13,6%, para 5.139 milhões de euros”. Outro indicador que evidencia um desempenho mais modesto do grupo galego é o stock. Enquanto a receita cresceu 1,6% no primeiro semestre, o stock nos armazéns do grupo aumentou quase o dobro, 3,1%, atingindo 3.466 milhões de euros.

Vale acrescentar que, com exceção da Massimo Dutti, a Inditex registou aumento nas vendas em todas as redes do grupo. As vendas da Zara, Zara Home e Lefties somaram 13.150 milhões de euros, mais 0,89% face a 2024. A Massimo Dutti registou uma queda de quase 1%, para 895 milhões. A Stradivarius atingiu 1.237 milhões, a Oysho 389 milhões, a Bershka 1.438 milhões e a Pull&Bear 1.158 milhões.

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