Bebiana Rocha
O Cluster Têxtil dinamizou esta quinta-feira uma sessão sobre ‘Inteligência artificial com foco na produtividade’, onde falou sobre algumas ferramentas que podem ser usadas pelas empresas para analisar dados de vendas, selecionar candidatos num processo de recrutamento, analisar a rentabilidade de um produto ou para conceber novos designs.
“76,4% das empresas da ITV não utilizam inteligência artificial e 52,9% não acreditam num impacto significativo”, enquadrou Milton Cabral, coordenador do projeto Digi4Fashion, no inicio da sessão, exaltando a necessidade de iniciativas como esta para enraizar as potencialidades da IA.
Durante o encontro foi abordado um roadmap estratégico de como fazê-lo. Onde à cabeça é apontada a necessidade de definição de uma visão e de objetivos: “devemos começar por identificar os casos em que a queremos usar, em que áreas vai ser aplicada, como será feita a recolha dos dados, que cuidados devem ser tidos para garantir que a confidencialidade das informações é mantida…” explicou Milton.
Anunciando de seguida um serviço novo que pode ser prestado pela equipa do Digi4Fashion de validação de uma tecnologia digital. Ao qual acresce os serviços de consultoria às empresas e a angariação de financiamento.
Durante a sessão foi ainda anunciada uma outra novidade: “estamos a desenvolver no âmbito do projeto TEXP@CT uma solução com base precisamente na inteligência artificial que vai permitir trabalhar em cima dos dados de gestão e produção das empresas, e colocar questões como: que máquinas estão em operação, qual é o trabalhador com maior produtividade, como estão as previsões de entrega…”, enumera.
O piloto enquadra-se no WK 2 / PPS10 e chama-se ‘REACT’. “Trabalha sempre sobre uma base de dados pré-existente, permite obter dados em tempo real e podemos no futuro até trabalhar por cima da base de dados de vendas e produção em simultâneo uma vez que existe uma correlação entre ambas”, continua. A ideia partiu da necessidade de criar soluções para otimizar processos de manufatura.