07 agosto 25
Marcas

Bebiana Rocha

Hugo Boss abranda vendas no 2.º trimestre mas reforça rentabilidade

A Hugo Boss registou uma queda de 1,3% nas vendas no segundo trimestre de 2025, em linha com a tendência do trimestre anterior, avançou a consultora GlobalData. No acumulado do primeiro semestre, as receitas do grupo recuaram 1,4%. Apesar do abrandamento, a marca alemã reafirmou as suas previsões para o ano, que apontam para uma variação entre -2% e +2%.

A melhoria da rentabilidade tem sido uma prioridade para o grupo. O EBIT (resultado operacional) subiu 15,7% para 81 milhões de euros no segundo trimestre, graças à disciplina de custos e à otimização operacional. A empresa antecipa novos ganhos de rentabilidade na segunda metade do ano.

Regionalmente, o maior crescimento ocorreu na região EMEA, impulsionado pelas vendas na Alemanha e em França, e nas Américas, com destaque para a América Latina. Já o Reino Unido permanece um mercado desafiante, e a Ásia-Pacífico recuou 5% após uma descida de 7,5% no primeiro trimestre.

No canal de retalho físico, as vendas em lojas próprias diminuíram 3,7%, refletindo a dificuldade em atrair consumidores às lojas. Em contrapartida, as vendas digitais cresceram 5,3%, embora a penetração online da marca seja ainda limitada, de apenas 19,9%.

Entre os segmentos de produto, a linha BOSS menswear apresentou o melhor desempenho, com um crescimento de 1,8% após uma queda de 1,4% no primeiro trimestre. O aumento foi impulsionado por colaborações com David Beckham e Porsche. Já o segmento feminino registou descidas mais acentuadas: BOSS mulher caiu 8,8% e HUGO mulher recuou 13,2%, influenciado pela redução de oferta que limitou a escolha dos consumidores.

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