25 Julho 2017
Logística e distribuição

José Augusto Moreira

Hotelar Têxteis faz renascer a histórica Fábrica do Rio Vizela

A primeira fábrica de fiação do país, a antiga Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela, fundada em 1845, vai renascer da ruína pela mão da Hotelar Têxteis, que ali vai criar o seu novo centro de logística e distribuição. O projecto de recuperação é da responsabilidade da Ad Quadratum Arquitectos, cuja proposta passa por preservar e valorizar a relevância histórica e aquitetónica do centenário complexo que integra a Rota do Património Industrial.

A Hotelar é líder de mercado em Portugal no fornecimento de têxteis para o sector hoteleiro, ginásios, spa e restauração, tendo no ano passado equipado cerca de metade das novas unidades que abriram portas no nosso país. A empresa foi fundada em 1995 e nasceu com o objectivo de consolidar a experiência de outras marcas e empresas, conjugando a tradição e conhecimento acumulados desde meados do século passado.

Com o foco na especialização nos têxteis para o sector do turismo, tornou-se nestas duas décadas na maior e mais completa da Península Ibérica nesta área, graças à qualidade e diferenciação dos produtos, prazos de entrega sem concorrência e também preços competitivos.

Roupa de banho, com grande variedade de felpos, roupões e chinelos, roupas de mesa com colecções únicas em artigos de linho e as mais diversas soluções em roupas de cama estão armazenados para entrega imediata no actual centro de logística e distribuição da Hotelar, que também recuperou uma velha unidade fabril na outra margem do rio Ave, em Oliveira Santa Maria, Famalicão. Todos os artigos são também produzidos segundo especificações dos clientes.

Quanto às instalações da Rio Vizela, é preciso recuar quase dois séculos até à abertura da  “Sociedade de Fiação de Visella”, em Setembro de 1845, em Negrelos, Santo Tirso, junto ao rio Vizela já na zona de confluência com o Ave. Em meados do século passado chegou a ter uma área superior a 9 km2 e mais de 3 mil operários, alimentando 31.624 fusos e cerca de 1.200 teares em funcionamento. A sua actividade chegou a alargar-se às antigas colónias, com feitoria em Angola e contactos em Moçambique, e foi uma da mais emblemáticas da história da têxtil nacional e responsável pela chegada do caminho de ferro até Negrelos.

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