Bebiana Rocha
A Latino está satisfeita com o regresso às feiras têxteis nacionais. “Em duas horas de MODTISSIMO atendemos mais pessoas do que num dia inteiro de outras feiras estrangeiras”, diz Elias Vilela, market manager, ao T Jornal. “O feedback que tenho é que a feira evoluiu, recebemos mais compradores internacionais que nacionais”.
Vieram essencialmente de França, Espanha, Reino Unido e Alemanha, acrescenta aquele responsável, entusiasmado para o segundo dia. No stand o grupo está a expor vestuário urbanwear, militar, florestal e laboral. “Como é uma feira de confeção trouxemos um pouco de tudo o que fazemos, o que está a ter mais procura é o vestuário técnico, produtos impermeáveis e com costuras termo seladas”, descreve.
Há entrada sobressai um manequim que mostra o potencial da empresa na área de I&D. “Estamos a expor um dos nossos vários projetos de sensorização. Desenvolvemos um sistema de monitorização humana e ambiental integrada nas fardas dos bombeiros para maior segurança ocupacional”, introduz. O projeto foi feito em parceria com o INESC e a Universidade de Aveiro, tendo data de conclusão prevista para 2025.
A ideia já suscitou o interesse a clientes alemães durante a feira, que querem alargar a aplicação a outros trabalhos de alto risco: “os sensores podem ser aplicados a outro tipo de fardas, por exemplo para trabalhadores de minas, o que medem são, entre outros parâmetros, o ritmo cardíaco, tensão arterial, localização para o caso de queda”, descreve.
A estratégia para 2024 da Latino Group passa por continuar a evoluir na tecnicidade do produto, entrar em segmentos diferentes. “Queremos por exemplo levar valências da área militar para a saúde”, conclui.