13 setembro 21
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Governo estuda soluções para os custos da electricidade

Os custos da eletricidade estão a tornar-se num custo incomportável para a empresas e os dirigentes do setor têxtil já alertaram o Governo, que garante estar a estudar soluções. Há casos em que a fatura de energia chega aos 20% dos custos de produção, “um peso muito grande, designadamente em atividades como a fiação, a tecelagem ou os acabamentos”, alerta o presidente da ATP.

O presidente da ATP, diz que a questão foi analisada na recente reunião entre o Ministro de Estado e da Economia com os dirigentes do setor, onde Pedro Siza Vieira garantiu que o Governo está a estudar soluções. “O ministro disse-nos que tem consciência do impacto negativo que esta situação tem sobre a indústria portuguesa e que o Governo está a estudar soluções”, afirmou Mário Jorge Machado, citado na edição deste domingo pelo Jornal de Notícias.

A notícia dá conta de que na última sexta-feira, a eletricidade atingiu, no Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel), um valor médio de 152,32 euros por megawatt hora, o mais alto de sempre que, ao que tudo indica voltará a disparar ao longo desta semana.

“É um problema muito grande, sobretudo para a indústria têxtil, em que a energia tem um peso muito grande nos custos de produção, designadamente em atividades como a fiação, a tecelagem ou os acabamentos”, diz o presidente da ATP, explicando que, para muitas empresas, a fatura de eletricidade chega a valer cerca de 20% dos custos de produção.

O assunto é complexo e assume, por vezes, contornos incompreensíveis, o que leva Mário Jorge Machado a ironizar com os casos das empresas que consomem energia de origem 100% verdes, lembram do que “nem o vento, nem o sol ficaram mais caros”.

Quanto à reunião que a ATP e a Anivec tiveram no início da semana com Pedro Siza Vieira, o presidente da ATP explica ao JN que o governante deixou indicações de que estariam a ser estudadas algumas medidas: “o ministro disse-nos que tem consciência do impacto negativo que esta situação tem sobre a indústria portuguesa e que o Governo está a estudar soluções”.

Este é um problema em comum com o mercado de Espanha, onde na semana passada a ministra da economia anunciou já um “grande plano de choque” para conter os preços da eletricidade e reformar o setor. A medida anunciada promete um intervenção sobretudo no plano fiscal, de forma a que a fatura final em 2021 seja equivalente à que era em 2018.

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