28 julho 23
Consumo

Ana Rodrigues

Geração Z transforma os hábitos financeiros e de consumo

São nativos digitais, utilizam as redes sociais como ferramenta de decisão e exigem produtos que correspondam aos seus valores e preferências sociais e ambientais, estando preocupados com a sua segurança financeira. Esta é a Geração Z e está a transformar os hábitos financeiros e de consumo.

Segundo o relatório “Generation Z: Shaping the Future of Consumer Trends” da consultora Oliver Wyman, esta geração está preparada para revolucionar os sectores e impulsionar as tendências de consumo nos próximos anos. Nesse sentido, um total de 73% de consumidores que pertencem a esta geração já efetuou, pelo menos, uma compra com base em algo que viu nas redes sociais.

Mais ainda, o estudo conclui que a experiência de compra já não se limita à loja física e à aquisição de produtos, embora estas opções também não estejam a ser eliminadas. Há, assim, uma procura ativa experiências personalizadas, imersivas e interativas, tanto presenciais como online: 85% dos consumidores desta geração preferem gastar o seu dinheiro em experiências do que em bens materiais e 64% compram serviços personalizados através dos seus smartphones.

O relatório informa, ainda, que as escolhas são mais frequentemente determinadas pelos valores associados a uma ou outra marca, com 88% dos consumidores da Geração Z a acreditarem que as empresas devem ajudar a resolver problemas sociais e ambientais e 82% a acreditarem que as empresas devem refletir a diversidade do mundo real nas suas campanhas de publicidade e marketing. Pela mesma razão, 75% estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis.

Porém, o preço dos bens e serviços mantém-se uma preocupação para esta geração, nomeadamente devido à incerteza e aos desafios económicos que enfrentam: 51% deles dão prioridade à relação qualidade/preço quando tomam as suas decisões de compra. Segundo o estudo, as decisões não são impulsivas e 67% dos indivíduos desta geração poupam ativamente.

A Geração Z diz respeito às pessoas nascidas entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010, sendo a primeira geração a ter crescido inteiramente na era digital. Estes jovens passam, em média, dez horas por dia a interagir com conteúdos online e têm uma média de cinco contas em diferentes redes sociais, que utilizam constantemente para descobrir novos produtos, procurar recomendações e interagir com as marcas. Este estudo da consultora Oliver Wyman foi feito com base em investigação, entrevistas e análises.

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