Bebiana Rocha
Realiza-se esta sexta-feira, dia 20, em Lisboa, no Museu da Eletricidade – Sala dos Geradores, um evento dedicado a debater o futuro da competitividade nacional e europeia. A iniciativa tem início às 14h00 e visa, ao longo da tarde, discutir caminhos concretos para reforçar a resiliência e a inovação do tecido empresarial, promovendo uma reflexão estratégica e multidisciplinar sobre os principais eixos da competitividade portuguesa e europeia.
O debate decorre num contexto marcado pela intensificação das rivalidades políticas globais e pelos desafios da dupla transição – verde e digital – que hoje se colocam às empresas. A ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, representada pela sua diretora geral, Ana Dinis, integra a lista oradores, juntamente com António Braz Costa, diretor geral do CITEVE, e José Couto, presidente da Associação dos Fabricantes Portugueses da Indústria Automóvel.
“A indústria portuguesa e europeia atravessa uma fase de profunda transformação, marcada por desafios que exigem respostas baseadas na inovação, na simplificação de processos e na resiliência económica. Importa, por isso, recentrar a atenção sobre este setor estratégico, promovendo atividades de elevado valor acrescentado”, afirma a organização do evento, liderada pelo eurodeputado Bruno Gonçalves e apoiada pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu.
O evento pretende reunir decisores políticos, representantes do setor industrial e demais partes interessadas. Dada a relevância do setor têxtil e vestuário para a economia nacional, o eurodeputado dirige um convite direto aos empresários desta área para se juntarem ao debate.
Entre os temas em destaque estão: as tarifas impostas por Donald Trump e o seu impacto na indústria nacional; a China como mercado de exportação ou ameaça à concorrência justa; e o acordo da União Europeia com o Mercosul. Estão ainda em agenda temas como a sustentabilidade como fator de diferenciação, a despesa militar e o papel das tecnologias de duplo uso, bem como a investigação e inovação como meios para reter quadros qualificados.
Serão também abordadas questões como a simplificação legislativa e o pacote Omnibus em Portugal e na União Europeia, as barreiras ao funcionamento do mercado único e a importância dos fundos europeus, com especial atenção às dificuldades no acesso aos mesmos. A inscrição é obrigatória.